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Luta em Abu Dhabi desvaloriza sequência de vitórias de Marina Rodriguez no UFC
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O casamento da luta entre as brasileiras Marina Rodriguez e Amanda Lemos, tornado público nesta quinta-feira (21) pelo Combate.com, surpreendeu. E, mais do que isso, apontou para uma significativa mudança na postura adotada pela peso-palha (52 kg) gaúcha em relação a suas últimas entrevistas.
Embalada por quatro vitórias seguidas no evento, Marina havia deixado clara a sua vontade de disputar o cinturão contra Carla Esparza, atual campeã e única atleta a vencê-la no MMA. Assim que a americana superou Rose Namajunas em maio e conquistou o título, a número três do ranking a desafiou publicamente e deu início a uma espécie de campanha na tentativa de convencer os promotores do show de que a sua hora havia chegado. Para isso, ela subiu o tom de seu discurso, algo improvável para a sempre calma veterana.
Algo, porém, parece ter mudado, já que apenas dois meses depois a atleta já tem compromisso firmado contra uma rival que ocupa o posto de número nove do ranking, seis degraus abaixo do seu na tabela. E é justamente isso que levanta questionamentos entre seus fãs mais assíduos. Afinal, a atleta venceu Mackenzie Dern e Yan Xiaonan nos últimos meses, as lutadoras donas das posições quatro e cinco da lista oficial da categoria, respectivamente.
De fato, a categoria dos palhas é equilibrada e visivelmente truncada, o que por vezes dificulta o casamento de duelos entre atletas de renome e visibilidade - e isso pode ser visto rapidamente no ranking oficial da organização. Se Esparza trata de uma lesão e ainda não definiu a data para seu retorno ao octógono, que deve ser feito diante da ex-campeã Zhang Weili, Rose Namajunas também não deu sinais de quando pretende voltar a competir.
Seguindo pela ordem da tabela e pulando as atletas já derrotadas por Marina, teríamos Jéssica 'Bate-Estaca', que acabou de se retirar de uma luta marcada para setembro devido a uma lesão, Tecia Torres, vencida por Mackenzie Dern e sem data para competir, e Nina Nunes, que subiu para a categoria dos pesos-moscas (57 kg). Pela ordem natural, Amanda Lemos, então, seria a primeira rival disponível.
"Querem me ver lutar? Então eu vou lutar, não importa contra quem, como ou onde. Eu já disse e vou repetir, vamos fazer o que for necessário para chegar no cinturão da categoria peso-palha do UFC!", postou Marina em suas redes sociais.
Mas a dúvida que resta é: não seria a hora de cogitar 'sentar e esperar' por uma oportunidade melhor? Talvez fazer parte do mesmo card no qual Carla colocará seu título em jogo e, assim, negociar o posto de reserva para caso algo aconteça? Ou esperar a definição de Rose Namajunas, ex-campeã do UFC, com quem fatalmente faria uma disputa eliminatória rumo ao cinturão.
Claro, os detalhes e os pormenores das negociações envolvem fatores que ainda são sigilosos, mas não se fazer valer do retrospecto atual no octógono e dar um passo para trás quando o cinturão está tão perto é uma derrota, mesmo que apenas nos bastidores e não no octógono.
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