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O que podemos esperar de Amanda Nunes após a vitória no UFC 277?
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A performance foi dominante e agradou. Depois de cinco assaltos intensos neste sábado, Amanda Nunes devolveu com juros o revés sofrido para Julianna Peña em dezembro do ano passado e, como de costume, deixou seu futuro na organização em aberto. No entanto, em uma rápida análise podemos ver que as opções da Leoa são poucas - e um pouco óbvias.
Tudo isso, claro, fruto do seu próprio domínio apresentado nos últimos anos. Entre os pesos-galos, por exemplo, a brasileira já venceu todas as demais campeãs que dominaram a categoria na história da organização: Ronda Rousey, Holly Holm, Miesha Tate e a própria Julianna Peña. Na divisão de cima, a dos penas, o mesmo cenário com triunfos sobre Germaine de Randamie e Cris Cyborg.
Sem rivais à altura nessas categorias e com a porta fechada para possíveis superlutas com campeãs de outras organizações, Amanda, ao que tudo indica, deve ter pela frente uma velha conhecida: Valentina Shevchenko. Igualmente dominante entre os pesos-moscas, a atleta do Quirguistão venceu 12 de suas 14 apresentações no UFC, perdendo duas vezes justamente para Amanda Nunes.
No entanto, vale ressaltar que as duas disputas entre as multi campeãs foram decididas pelos jurados após o final de todos os assaltos previstos. Na revanche, inclusive, o equilíbrio foi tanto que o triunfo da Leoa foi apontado apenas por decisão dividida depois de cinco rounds. De lá para cá, separadas em categorias diferentes, ambas se tornaram praticamente intocáveis, ampliaram seus legados e cultivaram no imaginário dos fãs o sonho da trilogia.
E este momento, arrisco a dizer, é agora. Não apenas pela rivalidade entre elas, como também pela dificuldade das duas atletas em encontrarem oponentes de calibre e pelo poder de venda que esta super luta carrega. Embates como este não podem ser adiados para sempre, ou o próprio esporte corre o risco de que um capítulo tão importante como este seja escrito. Não por acaso, Dana White e a própria Amanda acenaram positivamente para a disputa logo na coletiva de imprensa após o card do UFC 277.
E se o meu palpite estiver certo, resta saber apenas a data. Quem sabe no retorno do evento ao solo brasileiro, que ao que tudo indica ocorrerá no início de 2023?
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