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Amanda Nunes merece superlutas com outras campeãs fora do UFC, Dana White
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A vitória de Amanda Nunes no último sábado respondeu às perguntas sobre a falta ou não de motivação da atleta para ser capaz de se apresentar em alto nível. Ao mesmo tempo, um velho questionamento voltou a ser levantado: qual desafio de peso ainda pode ser apresentado para a Leoa?
Bom, no meu último post nesta coluna, afirmei que Valentina Shevchenko é a única opção viável no momento. Dominante entre os pesos-moscas, a ex-campeã mundial de muay thai já travou dois combates duros contra Amanda e, pela falta de rivais para a brasileira entre os galos e penas, larga como grande favorita para desafiar a Leoa. Mas se pudermos sonhar alto, ainda há uma opção interessante para potencializar o legado da brasileira.
Já que praticamente venceu todas as possíveis rivais no octógono e vê apenas na mais leve Valentina uma oponente capaz de vender pay-per-views (a brasileira Ketlen Vieira ainda não está neste patamar, sejamos sinceros), Amanda merece a oportunidade de protagonizar superlutas contra campeãs de organizações rivais.
Sim, eu sei que Dana White, presidente do UFC, muito dificilmente aprovaria a ideia. Na verdade, ele já respondeu esta pergunta algumas vezes e sempre se esquiva afirmando que não vê um desafio real aos seus campeões fora do UFC. Bem, no caso de Amanda, ainda há.
A começar pela brasileira Cris Cyborg, que já foi nocauteada por Amanda em menos de um minuto, em dezembro de 2018. Aos 37 anos, a representante da Chute Boxe acumula 26 vitórias e apenas duas derrotas na carreira. A primeira foi em sua estreia no MMA e a segunda diante da compatriota, já no UFC.
Nada mais justo, então, que Cris, antiga dona de cinturões no UFC, Strikeforce, Invicta e atualmente campeã do Bellator, tenha uma chance de revanche. Nada mais oportuno, também, que Amanda, única bicampeã simultânea da história do UFC e lutadora com o maior número de vitórias no evento, conquiste a chance de ser a primeira a protagonizar uma superluta entre UFC e outro evento. Os fãs e o esporte merecem.
Por fim, como não lembrar de Kayla Harrison? Bicampeã olímpica de judô e invicta no MMA, a estrela do PFL já treinou junto com Amanda na American Top Team e foi apontada pela Leoa como uma das razões de sua saída do time. Afinal, com os crescentes rumores da chegada da americana ao elenco do UFC e com as atletas dividindo treinadores na academia, era questão de tempo até que o clima não ficasse mais tão amigável.
Agora, dona de seu próprio time e com treinadores exclusivos, Amanda poderia ter pela frente uma rival de calibre que contaria com um corner formado por técnicos que acompanharam e fizeram parte da evolução da brasileira por sete anos. Quem não gostaria de ver lutas assim? Pelo jeito, apenas Dana White…
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