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REPORTAGEM

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Canal Combate terá temporada 2023 decisiva para seu futuro após perder UFC

Octógono do UFC na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos - Jeff Bottari/Zuffa LLC
Octógono do UFC na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos Imagem: Jeff Bottari/Zuffa LLC

Colunista do UOL

11/08/2022 04h00

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O anúncio da parceria entre UFC e Band automaticamente levantou questionamentos entre os fãs de lutas em todo o Brasil. Entre as perguntas mais frequentes, a curiosidade sobre o futuro do Canal Combate ganhou destaque. É importante ressaltar, claro, que o canal seguirá com suas atividades e tem, no mínimo, mais um ano de existência garantida por meio de seus acordos comerciais com duração até dezembro de 2023, conforme apurado por esta coluna. Portanto, a temporada seguinte, com o desfalque proporcionado pela saída do evento presidido por Dana White, será fundamental para o futuro da plataforma.

Sem o maior evento de lutas do MMA em sua grade, o canal mudará seu modelo de negócios. A começar pelo valor cobrado. Atualmente, o assinante paga R$ 39,90 mensais no plano anual, ou R$ 69,90 por mês sem o desconto da fidelidade anual. Ao perder o maior atrativo de sua programação, o preço do serviço será alterado. Mas para se manter atraente para assinantes e competitivo diante do UFC Fight Pass, plataforma que será lançada ao custo de R$ 24,90, além da redução de valor, o canal irá mudar de ares - e a principal mudança será vista em sua grade.

Outros eventos de MMA concorrentes do UFC e que não estão na sua plataforma online, lutas de boxe e eventos de submission estão na planejamento e já estão em fase de negociação. Para viabilizar o projeto, grande parte do valor bruto que era destinado ao antigo acordo com o evento de Dana White será direcionado aos novos contratos. Além disso, a parcela das mensalidades de seus assinantes que era destinada ao UFC dará margem para que o preço seja enxugado e ajustado à realidade do mercado em 2023.

As informações apuradas por este coluna apontam que a mudança já era debatida há meses nos bastidores da emissora, e calcula-se que, sem o repasse mencionado acima, o número de mensalidades necessárias para 'bancar' o canal seja menor do que o atual. Além disso, outra mudança significativa já é vista nos últimos meses nos anúncios sobre o Canal Combate na programação do Grupo Globo. Antes focadas no cronograma das próximas edições do UFC, agora as inserções sobre a plataforma abrangem 'principais eventos internacionais de MMA' e novidades sobre o 'mundo das lutas'.

Se será o suficiente para manter o interesse da base de fãs, só saberemos mais para frente, em um futuro não muito distante.