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Derrota de José Aldo abre caminho para money fights no UFC

José Aldo foi superado no card do UFC 278 - GettyImages
José Aldo foi superado no card do UFC 278 Imagem: GettyImages

Colunista do UOL

21/08/2022 00h29

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A derrota para Merab Dvalishvili no card do UFC 278 encerrou a sequência de três vitórias de José Aldo no octógono mais famoso do mundo e o colocou em uma situação interessante e delicada. Perto de completar 36 anos, o ex-campeão se afastou de uma nova chance de disputar o título, e, a julgar pelo equilíbrio da categoria dos galos, é possível que o foco do brasileiro não seja mais o de retomar o posto de campeão.

Falo isso ao olhar para o ranking e para as próximas lutas que estão programadas para a divisão. Todos os principais nomes estão com duelos marcados e, dependendo da combinação de resultados, é provável que o brasileiro tenha que anotar duas ou mais vitórias contra grandes adversários antes de conquistar o title shot.

Portanto, se o atleta não decidir por pendurar as luvas (opção já ventilada por ele) e o fator da imprevisibilidade não entrar em ação e o favorecer, creio que faria mais sentido para o 'Campeão do Povo' protagonizar combates que agreguem ainda mais ao seu legado. Sim, me refiro às famosas 'money fights' (lutas do dinheiro, em tradução livre).

Maior nome da história dos pesos-penas, Aldo tem a possibilidade de se apresentar em duas categorias e travar grandes duelos contra ex-campeões de renome. Frankie Edgar, que prometeu se aposentar após seu combate em novembro, seria um grande nome, assim como Dominick Cruz, que recentemente foi nocauteado por Marlon Vera.

Quem sabe Aldo volte aos penas e se apresente sem a necessidade de fazer um duro corte de peso. Duelar com algum campeão de outra organização, como Patrício 'Pitbull', do Bellator, seria incrível, mas praticamente impossível . O que gostaria de ver, confesso, é o brasileiro fazer duelos históricos, daqueles que encabeçam card de PPV sem nem mesmo ter um cinturão em jogo.

O que não faz sentido, ao meu ver, é enfrentar mais atletas como Merab Dvalishvili: duros e que não garantem o retorno merecido para o brasileiro, seja financeiro ou em engajamento midiático. Aldo não precisa de um cinturão, e talvez não tenha tempo ou paciência para buscá-lo novamente, ainda mais com mais um filho a caminho. Super lutas fazem mais sentido, ao menos na opinião deste colunista.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL