Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Mudanças de última hora ajudaram Nate Diaz em possível luta de despedida no UFC
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Foram 15 anos dedicados ao UFC. Neste período, Nate Diaz marcou sua carreira por apresentações viscerais e sangrentas, ao mesmo tempo em que acumulou polêmicas fora do octógono a ponto de criar sua imagem de 'bad boy'. Neste sábado (10), em Las Vegas, o atleta fez sua última luta do atual contrato com o evento e, em clima de despedida, viveu um pouco de tudo ao longo da semana - ao seu melhor estilo.
No 'Media Day', na quarta-feira, ele encarnou a persona que o fez famoso. Com palavrões, gírias e frases de efeito, Nate não economizou no sarcasmo e ironia diante do confronto que, até então, apontava para sua inevitável derrota. No dia seguinte, o atleta fez parte da confusão generalizada que impediu a cerimônia de ser realizada e, ao atirar uma garrafa de água em Khamzat Chimaev, voltou a viralizar na internet.
Na sexta-feira, enquanto o rival checheno falhava com a balança, Nate aceitou de prontidão medir forças com o também veterano Tony Ferguson para encabeçar o card que, ao que tudo indica, será o último de sua carreira. E, assim, o roteiro digno de filme foi criado para uma das despedidas mais icônicas do UFC, que fez jus ao show apresentado no octógono.
Como esperado, Nate começou devagar. Lento para a divisão, com poucos chutes aplicados em seu arsenal e com pouca disposição para defender chutes, além de pouca efetividade em suas quedas, o irmão mais novo de Nick Diaz fez o que sabe de melhor: transformou a batalha em uma guerra. Para isso, ele usou seu poder de absorção nos rounds iniciais e a conhecida (e incrivelmente eficiente) combinação de jab direito ao longo dos cinco assaltos disputados.
O show estava montado e só foi possível graças a Tony Ferguson, seu parceiro de sua 'última dança'. Também longe do auge de sua forma, 'El Cucuy' aceitou dar o show para a torcida e não economizou nas suas cotoveladas giratórias e nas provocações. Tal combinação serviu para desviar a atenção da clara falta de competitividade dos veteranos que, perto de completarem 40 anos, acumulavam derrotas em suas últimas apresentações no octógono.
Por isso, é fácil dizer que a confusão que resultou na mudança das lutas principais do card não apenas ajudou a promover o evento, como também beneficiou Nate. Se ele tivesse enfrentado o jovem e talentoso Khamzat Chimaev, que finalizou Kevin Holland em poucos minutos, o resultado teria sido diferente.
E já que é para se despedir do UFC, que Nate o possa fazer por cima, com esta bela vitória por finalização, a nona de sua caminhada no evento. Mas antes de conquistar a vitória, o americano se entregou no octógono durante quatro assaltos, e, mesmo cansado, deu mostras daquele atleta que por anos incomodou os principais rivais de sua categoria de peso. Uma bela história escrita ao longo de quase 20 anos dedicados ao esporte. Foi um prazer acompanhar os capítulos finais dela de perto?
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.