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Homenagem especial! ADCC 2022 arrecada doações para Instituto Leandro Lo

Projeto foi criado por amigos, parentes e patrocinadores do atleta após sua morte - Reprodução/Instagram
Projeto foi criado por amigos, parentes e patrocinadores do atleta após sua morte Imagem: Reprodução/Instagram

Colunista do UOL

16/09/2022 04h00

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Criado no final dos anos 90 pelo sheik Tahnoun Bin Zayed Al Nahyan, o ADCC (Abu Dhabi Combat Club) se tornou o maior evento de luta agarrada do planeta ao reunir em um mesmo torneio especialistas de wrestling, jiu-jitsu, sambo e judô. Rapidamente, essa busca pelo atleta mais completo na luta de solo virou febre no Brasil, tanto que 75% de todos os campeões entre os homens representam nossa bandeira. Entre as mulheres, o domínio chega a 90%.

Inevitável, então, que a edição 2022 do torneio ganhe amplo destaque no país, mas não apenas pelos resultados colecionados no tatame. Neste domingo, último dia do evento sediado este ano em Las Vegas (EUA), o atleta Leandro Lo, assassinado em agosto em São Paulo, será homenageado pela organização do show.

Momentos antes da superluta entre André Galvão e Gordon Ryan, combate mais aguardado dos últimos anos na modalidade, os milhares de fãs presentes no ginásio, assim como os assinantes que acompanharão o torneio ao vivo, poderão ver o tributo. Mas, além disso, a intenção é reunir doações para a criação do Instituto Leandro Lo, projeto criado por amigos, parentes e patrocinadores do atleta dias após sua morte.

Para isso, um QR code será disponibilizado durante os dias de competição para quem quiser doar em prol do Instituto. Durante o torneio, os fotógrafos oficiais do show terão este QR code estampados em suas camisetas junto a uma imagem do atleta, tirada em sua participação na edição de 2017 do evento. Curiosamente, Lo, oito vezes campeão mundial de jiu-jitsu, nunca venceu o ADCC e sua participação neste ano na divisão até 88 kg era aguardada neste ano.

Sem a presença de Lo no tatame, nada mais justo que sua imagem seja usada para ajudar ao próximo. Afinal, o atleta, morto aos 33 anos, foi descoberto e revelado justamente por um projeto social, chamado 'Lutando pelo Bem', liderado por Cícero Costha, que graduou Leandro faixa-preta em 2010. Que o novo capítulo escrito com o nome do campeão seja tão vitorioso como foi em vida. Descanse em paz, Lo!