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UFC precisa rever plano de aposentadoria de seus ídolos pelo bem do MMA
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A lógica da aposentadoria funciona para qualquer esporte. E escolher o momento certo para parar de competir é uma tarefa complicada que envolve diversos pontos cruciais da carreira do atleta. Segurança financeira, metas alcançadas e consciência de que nada do que possa ser feito no futuro chegará perto do que já foi atingido no passado são alguns dos sinais mais apontados pelos veteranos. Com isso em mente, quero apontar um outro aspecto que julgo importante e, para tal, vou utilizar o exemplo do americano Frankie Edgar.
Aos 40 anos e com credenciais de sobra em seu currículo para garantir vaga no Hall da Fama do UFC, o americano medirá forças contra Chris Gutierrez no próximo dia 12 de novembro no seu duelo de despedida do MMA. E ciente de que todas as premissas apontadas no parágrafo anterior estão em dia, questiono o planejamento de Edgar para se despedir do octógono.
Não é de hoje que grandes lutadores não contam com a escolha mais apropriada para sua 'última dança'. E para que isso seja feito, ao menos na minha opinião, é preciso que um rival de igual poder de fogo esteja escalado. Seja em idade, momento da carreira e poder de venda para atrair o público. Caso contrário, exemplos como Anderson Silva vs Uriah Hall e José Aldo vs Merab Dvalishvili se tornam regra e não fazem jus ao legado construído pelos atletas.
No caso de Edgar, ex-campeão dos pesos-leves (70 kg), ter Gutiérrez como adversário para sua aposentadoria é um erro. Afinal, enquanto perdeu quatro de suas cinco últimas apresentações, o veterano terá pela frente um oponente nove anos mais jovem que não perdeu nas sete últimas vezes em que pisou no octógono e que passa longe de ser um oponente popular o bastante para acrescentar ao seu currículo. Qual o sentido, então, de enfrentar um oponente que oferece muito mais riscos do que vantagens?
Assim como Anderson Silva ser nocauteado por Hall ou Aldo ser dominado em uma luta monótona por Merab, o capítulo final da vitoriosa carreira de Edgar merece mais. Muito mais, por sinal. Um grande exemplo foi a disputa de Nate Diaz contra Tony Ferguson, que pode ter marcado a despedida do polêmico atleta do plantel de atletas do UFC. Em igualdade física de condições, os veteranos promoveram um grande show e levantaram os fãs presentes no ginásio, em Las Vegas (EUA). Esta deveria ser a regra, mas não a exceção.
Exceção que só foi possível graças à dança das cadeiras realizada no dia anterior devido à falha na pesagem de Khamzat Chimaev. Não fosse por isso, Nate Diaz também seria jogado aos leões. Chegou a hora de o UFC rever essa estratégia.
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