Canal Combate se despede do UFC com card tímido e sem engajamento dos fãs

O dia 12 de novembro de 2011 foi histórico para o MMA nacional. Naquela noite, a Rede Globo transmitiu seu primeiro card do UFC em evento que contou com a vitória de Junior 'Cigano' na luta principal da noite. O nocaute no primeiro round garantiu o cinturão dos pesos-pesados ao brasileiro e abriu as portas para a popularização do esporte no Brasil.

Praticamente 11 anos depois, o fim dessa parceria entre o evento e o canal de televisão chegou ao fim oficialmente neste sábado (17). A última transmissão foi bem diferente da primeira, com muito menos interesse do público e com pouco engajamento dos fãs.

Mas isso era esperado. Com 13 lutas no card, apenas uma delas contava com a presença de um brasileiro (o estreante Alessandro Costa), e o último evento do ano de 2022 se tratava de uma edição 'Fight Night', sem transmissão via pay-per-view ou cinturão em jogo.

Soma-se a isso a reta final da Copa do Mundo, que será decidida neste domingo, com o pouco interesse do Canal Combate em divulgar um produto que a partir do mês que vem inicia seu acordo com a Band. Desta forma, a despedida da atração da grade do Grupo Globo quase passou despercebida.

A partir de agora, o Canal Combate vai voltar todas as suas atenções para outros eventos de lutas, como KSW, LFA entre outros. Como adiantado nesta coluna, as transmissões estão garantidas, em um primeiro momento, até o final de 2023, a partir de então, o sucesso do novo formato, que terá concorrência do próprio UFC, decidirá os próximos passos.

A partir de janeiro, o maior evento de lutas do mundo lança a versão brasileira da plataforma UFC Fight Pass. Através dela, os fãs poderão acompanhar todas as lutas que não serão transmitidas pela Band. De acordo com o anúncio do canal, 12 eventos farão parte de sua programação (outros 30 devem ser viabilizados de forma exclusiva no Fight Pass).

O futuro está desenhado e a despedida foi feita. De fato, ela foi um pouco melancólica, muito aquém dos anos de sucesso de audiência liderados pelos feitos dos atletas no octógono. Que venha a 'casa nova'!