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Impasse por salário impede maior luta entre os pesos-pesados da história do UFC
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Neste sábado, ao final da realização do primeiro card do ano, Dana White, presidente do UFC, anunciou o embate entre Jon Jones e Ciryl Gane como a atração principal do card do dia 4 de março. O duelo será válido pelo cinturão dos pesos-pesados, que havia ficado vago horas antes.
A decisão ocorreu após Francis Ngannou, campeão linear, não chegar a um acordo financeiro com a organização. Após fazer todas as lutas previstas em seu contrato, o camaronês pediu um polpudo aumento e não recebeu uma resposta positiva da organização. Desta forma, não apenas uma nova disputa foi casada, como um balde de água fria foi jogado aos fãs.
Jon Jones, maior meio-pesados (93 kg) da história do esporte - e na visão deste colunista o maior atleta já visto no MMA -, está pronto para estrear como peso-pesado e pediu por um desafio elevado. Sem tempo a perder, ele mirou logo o cinturão e, infelizmente, não pode proporcionar o aguardado, e por anos especulado, confronto contra Ngannou.
Fãs, atletas e, principalmente, o esporte perdem com isso. Se a meta é, como sempre, furar a bolha, alcançar novas audiências e projetar a marca do UFC ao redor do globo, isso só se torna possível com combates interessantes e que convidem fãs ocasionais a dedicarem seu tempo para assistirem os eventos. Jon Jones vs Ngannou seria uma luta perfeita para tal, a maior já vista na divisão dos pesados.
Claro, Jones vs Gane deve vender bem. Afinal, esta será a primeira aparição do americano nesta divisão. Mas só de pensar que a chance do virtualmente invicto Jon Jones medir forças com o lutador dono do maior poder de nocaute do MMA (maior até mesmo do que o de Mike Tyson) se esvaiu por conta de alguns milhões de dólares que não fariam cócegas na receita do UFC?
Que noite ruim para os fãs do esporte. Em especial para os brasileiros, que ainda amargaram quatro derrotas e apenas uma vitória no card inaugural da temporada 2023.
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