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Glover Teixeira desafia a lógica mais uma vez com a missão de salvar o UFC Rio

Colunista do UOL

19/01/2023 04h00

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A forma com a qual o card do UFC Rio foi desenhado foi, no mínimo, surpreendente. Um mês antes da realização do show, o evento ainda não contava com a luta principal e ela só foi confirmada após uma reviravolta que deixou a categoria dos meio-pesados (93 kg) sem um campeão. Coube, então, a Glover Teixeira a missão de salvar o evento.

E a responsabilidade é enorme. Aos 43 anos, o atleta, que lutaria em dezembro e depois ficou sem adversário, foi convocado de última hora para medir forças contra o nocauteador Jamahal Hill e, assim, liderar o card de retorno do UFC ao Brasil. A última edição do evento no país foi em março de 2020, sem a presença da plateia devido às restrições impostas no início da pandemia de COVID-19.

Portanto, mais de três anos depois, os fãs brasileiros finalmente poderão ver lutas ao vivo, direto do ginásio, em um card que ainda marca a primeira transmissão de um card numerado na Band. A última luta deste evento histórico, e que vale cinturão, foi marcada apenas cinco semanas atrás e garante aos ombros de Glover um peso extra.

Será ele o responsável por fechar a noite, por garantir o último momento de felicidade ou decepção do público. Quanto maior o risco, maior a recompensa, certo? Em caso de vitória, além de toda a importância já mencionada, o atleta retoma o posto de campeão, garante o direito de revanche com seu último algoz e crava a popularização de seu nome como nunca. Tudo isso, repito, aos 43 anos, segunda marca mais avançada da história do UFC.

No entanto, em caso de um novo revés, o veterano acumula sua segunda derrota seguida e, possivelmente, dá adeus à chance de reaver o título. Para tal, ele teria que acumular uma sequência de triunfos que a julgar pela sua idade parece uma tarefa ingrata demais e que seria virtualmente impossível de ser realizada ainda na temporada de 2023.

Aos 31 anos e embalado por três vitórias por nocaute, Jamahal Hill está no Rio para jogar água no chope da torcida. Resta saber se ele conseguirá vencer o veterano que está acostumado a desafiar a lógica?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL