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Fedor Emelianenko pagou por escolher correr riscos em luta de aposentadoria
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Fedor Emelianenko ensaiou sua aposentadoria do MMA por anos. Neste sábado (4), na luta principal do Bellator 290, o veterano de 46 anos finalmente anunciou o pendurar oficial de suas luvas logo após a derrota por nocaute para Ryan Bader. O resultado, apesar de negativo, comprovou um desejo antigo do atleta: se testar até o último momento.
Ex-campeão do Pride e Strikeforce, o atleta, apontado como o maior peso-pesado da história do MMA, poderia ter usado de sua influência e renome para enfrentar um rival menos competitivo e até mesmo se apresentar na Rússia. No entanto, Fedor preferiu jogar contra as probabilidades.
Afinal, o cenário já era conhecido. Em 2019, no mesmo ginásio 'The Forum', Fedor havia sido derrotado por Ryan Bader por nocaute no assalto inicial, em meros 35 segundos. O revés nunca foi digerido pelo russo que, após a recusa de Anderson Silva em enfrentá-lo, fez questão de se despedir do MMA em um duelo relevante. E nada poderia ser mais significativo do que uma revanche contra o campeão e a possibilidade de encerrar sua trajetória nos cages com o título do Bellator.
O resultado, nova derrota por nocaute no primeiro round, em nada afetou o legado de Fedor. Invicto por dez anos durante o período em que competiu nos eventos japoneses, meca do esporte no início dos anos 2000, o russo especialista em sambô se tornou o rosto mais temido do MMA. Simplesmente o melhor de sua época, ele enfileirou atletas do calibre de Rodrigo 'Minotauro', Mirko 'Cro Cop', Mark Coleman e Andrei Arlovski.
Ao todo, são 40 vitórias, sete derrotas e um No Contest (sem vencedor). Se Fedor deveria ter parado anos antes e com uma apresentação melhor? Talvez. Mas os que tiveram a chance de vê-lo lutar, principalmente ao vivo, justamente pela tardia aposentadoria, jamais irão reclamar.
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