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Mayweather? Sem tempo a perder, José Aldo aposta alto em carreira no boxe
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A estreia foi como esperada. Diante do argentino Emmanuel Zambrano, José Aldo se testou nas regras do boxe profissional e levou grande vantagem nos seis assaltos disputados no ringue. Lutando em casa, o ex-campeão do UFC contou com o apoio da plateia e rapidamente mostrou intimidade com a modalidade. Ainda este ano, ao que parece, a ideia é elevar o nível do desafio (e muito).
Se Zambrano segue sem vitórias no ringue após sua quarta apresentação nas regras do boxe profissional, o próximo rival de Aldo, no dia 1º de abril, é um estreante. Desta forma, Jeremy Stephens, que já foi nocauteado pelo brasileiro no octógono do UFC, deve representar mais um desafio seguro para o ‘Rei do Rio’, que finalmente tem tempo para investir na sonhada carreira no pugilismo. Mas, aos 36 anos, o veterano não tem tempo a perder.
Ao mesmo tempo em que acumula experiência de sobra em esportes de combate, Aldo, ex-campeão do UFC, precisa adquirir ‘horas de voo’ no ringue para evoluir. No entanto, ele necessita de duelos que despertem o interesse do público em vê-lo competir e, para isso, não pode encarar rivais sem destaque. Imagino que tenha sido este o objetivo de Aldo, logo após sua vitória nesta sexta-feira, ao revelar para a imprensa que acompanhava o evento que sua equipe negociava um confronto com Floyd Mayweather.
Se de fato, como disse à reportagem da Ag Fight, a luta já está acordada verbalmente e resta apenas convencer ao ‘mundo árabe’ (possíveis investidores), o recado foi um deslize ou um caso pensado. Afinal, se o contrato não está assinado, tornar a negociação pública pode atrapalhar os acertos finais. A não ser, claro, que ele queira justamente garantir os holofotes e pressionar seja lá quem for a acelerar a negociação. Aposto na segunda hipótese.
Aliás, sua carreira internacional está nas mãos de Ali Abdelaziz, empresário mais renomado do mundo do MMA. Por suas mãos já passaram nomes do calibre de Khabib Nurmagomedov, Islam Makhachev, Fabrício Werdum, Henry Cejudo e Kamaru Usman (para citar alguns). Conhecido por gerenciar grandes carreiras, o egípicio também ficou famoso pelo estilo polêmico, por vezes capaz de dividir as atenções com seus atletas - principalmente nas redes sociais - e desta forma gerar ainda mais interesse e receita aos envolvidos.
Como disse, Aldo não tem tempo a perder, e ele precisa potencializar sua carreira. Se uma negociação com Floyd Mayweather se tornar viável, ela muito possivelmente seria realizada nas regras do boxe amador (o americano não compete mais de forma profissional desde 2017). Por isso, independentemente do resultado, o brasileiro não teria a chance de ter seu cartel arranhado. Sua conta bancária e sua visibilidade na nobre arte, porém, saltariam de imediato…
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