Indução de Anderson Silva ao Hall da Fama encerra polêmicas com o UFC

O pedido dos fãs era constante. Desde que o brasileiro Anderson Silva se despediu do octógono, no final de 2020, seu nome passou a ser apontado como favorito para figurar na próxima lista dos induzidos ao Hall da Fama do UFC. Mas foi preciso esperar por três anos até que o Spider fosse imortalizado.

Neste sábado (18), durante o card do UFC em Londres, Anderson foi anunciado, assim como José Aldo havia sido em janeiro, como membro do seleto grupo - a cerimônia está agendada para julho deste ano, em Las Vegas (EUA). E tal postura da organização vem em boa hora, como forma de enterrar possíveis desavenças entre o atleta e a organização.

No melhor estilo 'morde e assopra', Anderson, ex-campeão dos pesos-médios (84 kg) do UFC e que por anos foi apontado como o melhor lutador da história, e Dana White, presidente da organização, trocaram farpas. Seja pela falta de colaboração com a carreira do brasileiro no boxe ou com a discordância entre eles sobre o momento da aposentadoria do Spider no MMA.

Em maio do ano passado, por exemplo, o presidente do UFC aproveitou uma coletiva de imprensa para negar declarações de Anderson sobre sua postura em relação a ele. Por sua vez, o brasileiro, no ano anterior, havia declarado que Dana havia impedido sua luta com GSP nas regras do boxe.

Tais atritos do passado, inclusive, colocaram em xeque a indicação de Anderson ao Hall da Fama na visão dos fãs. Por sua vez, o cartola preferiu dar de ombros à polêmica e priorizar a indicação de Khabib Nurmagomedov e Daniel Cormier no ano passado - amigos e parceiros de treinos, eles se aposentaram do MMA no mesmo ano que o Spider.

Agora, com a indução do veterano ao grupo ao lado de José Aldo, o que aumenta para cinco o número de brasileiros no Hall da Fama - Royce Gracie, Minotauro e Shogun completam a lista -, Anderson e Dana podem, e devem, encerrar de uma vez a troca de mensagens via imprensa. Ambos só têm a ganhar com isso.