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Voltou cedo? Yana Santos perde luta menos de um ano após dar à luz
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Aos 33 anos, Yana Santos retornou ao octógono do UFC neste sábado (25), em San Antonio (EUA) e sofreu uma derrota expressiva para a veterana Holly Holm, oito anos mais velha. O combate marcou a primeira performance da russa após dar à luz a filha Alise, fruto do casamento com o brasileiro Thiago Marreta, e é esse o tema da coluna de hoje.
Yana, que foi batizada com o sobrenome Kunitskaya, antes de passar a usar o nome herdado do marido brasileiro, teve sua filha em abril do ano passado. Ou seja, entre o processo de amamentação, adaptação à nova rotina, retorno aos treinos e o camp para o duelo contra Holm, passaram-se apenas 11 meses. E esse breve período parece ter influenciado na sua performance.
Afinal, se contarmos ainda o período no qual a atleta ficou afastada dos treinos de alto rendimento durante a gravidez, a pressa em retornar ao octógono para um esporte de combate coloca o corpo de lutadora em uma posição que beira a injustiça. E ela não foi a primeira a pagar esse preço.
Nina Nunes, esposa da brasileira Amanda Nunes, declarou publicamente que se arrependeu de ter voltado a competir sete meses depois do nascimento da filha Reagan. Em abril de 2021, a atleta foi superada com facilidade por Mackenzie Dern. Meses depois, o aprendizado.
"Eu deveria ter feito isso (tirado um tempo de férias) antes de ter lutado logo depois da Reagan nascer. Mas assim você aprende a sua lição", declarou, durante coletiva de imprensa já na temporada de 2022, quando voltou a vencer. Na ocasião, ela aproveitou para se aposentar do MMA.
Curiosamente, Mackenzie Dern, última algoz de Nina, também se apressou em voltar a competir. Depois de dar à luz a filha Moa, a lutadora pisou no octógono em incríveis quatro meses, e, lutando de forma irreconhecível, também deixou o cage com uma derrota - por decisão unânime para Amanda Ribas.
Claro que os fatores que levaram cada uma destas competidoras a retornar ao octógono tão rapidamente são diversos e diferentes. No entanto, a lição é clara. O respeito ao corpo deve prevalecer e um período de inatividade maior deve ser estabelecido para que o mais alto nível de sua performance seja atingido na hora da luta.
E, sim, eu sei que é fácil falar sentado no sofá. Cada competidora tem o direito de avaliar seu caso e, julgando estar apta a competir, que o faça. No entanto, os números não mentem…
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