Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Aquisição da WWE por donos do UFC expõe diferença entre fãs brasileiros e americanos
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Novo gigante do mundo do entretenimento esportivo dos EUA, o conglomerado comandado pela Endeavor agora é dona majoritária do UFC (evento de MMA) e da WWE (evento de telecatch). Somadas, apenas essas duas ligas ultrapassam o valor de mercado de R$ 100 bilhões, o que cria a expectativa de que o grupo crie uma nova empresa de capital aberto para combinar os ativos do UFC e da WWE.
E quem pode ganhar e muito com isso é o fã americano, que via de regra acompanha e interage com ambos modelos de empresa. Ações combinadas, promoções para compra de ingressos e até interações com astros dos dois shows podem fazer parte do futuro da empresa. E isso expõe a clara diferença entre os consumidores no Brasil.
Afinal, essa união de fãs é rara e praticamente nula. Tanto que o tamanho das lutas de entretenimento esportivo (telecatch) não chega aos pés dos números alcançados pelos eventos de MMA em solo nacional. Ou seja, a proximidade entre as ligas não deve impactar no mercado verde amarelo.
Com base tão distintas, é difícil de se imaginar que fãs que acompanham os combates do UFC passem a seguir os duelos ensaiados. Ao mesmo tempo, o pequeno, porém sólido grupo que segue os shows comandados por John Cena e Ronda Rousey pouco interage com os combates reais.
Posso estar enganado, mas apostaria que o cenário para ambas as ligas não mudará em nada no Brasil. Nos EUA, porém, o panorama é diverso. Até mesmo veículos especializados na cobertura de MMA acompanharam de perto a 39ª edição do Wrestlemania (maior card do ano da WWE), que aconteceu no último final de semana.
Não à toa, a compra da WWE, que conta com valor de mercado na casa dos R$ 45 bilhões, se tornou um dos assuntos mais comentados nesta segunda-feira nos EUA. Os números de audiência do grupo impressionam e a possibilidade de impactar ainda mais fãs e mercados com ações combinadas entre as duas ligas é sinônimo de (muitos) milhões.
Imagine então o acesso aberto para crossovers entre os shows. Se no passado CM Punk se apresentou no octógono e Ronda Rousey e Brock Lesnar roubaram os holofotes dos dos eventos, agora o futuro está em aberto. Quem sabe até mesmo Conor McGregor não acabe fazendo sua tão sonhada aparição nos ringues?
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.