Derrota de Gilbert Durinho consolida seca de cinturões brasileiros no UFC

A derrota de Gilbert Burns neste sábado para Belal Muhammad, no co-main event do UFC 288, sacramentou uma nada agradável sequência de resultados negativos para os principais nomes do MMA brasileiro na organização. E isso pode impactar diretamente o crescimento da popularidade do esporte no país.

Afinal, Charles Do Bronx e Alex Poatan, principais nomes brasileiros no UFC, podem não ter a chance de disputar o cinturão em suas categorias ainda em 2023. Ao mesmo tempo, Amanda Nunes, única representante verde e amarela dona de um cinturão do evento, é constantemente apontada em rumores sobre a proximidade de sua aposentadoria.

Curiosamente, apenas neste ano, Deiveson Figueiredo e Alex Poatan perderam seus cinturões no octógono, além de Glover Teixeira, que deixou escapar a chance de reconquistar o título dos meio-pesados (93 kg). Com a derrota de Durinho, o cenário brasileiro nos meio-médios voltou a ser incerto.

O resultado, no entanto, machucou muito mais do que pode parecer. Isso porque o brasileiro tinha o title shot garantido pela organização e poderia ficar à espera do vencedor de Leon Edwards vs Colby Covington, que acontece em julho. A decisão de substituir Charles do Bronx custou caro demais.

Exaltado pela coragem e disposição de, em suas palavras, enfrentar "qualquer um e em qualquer lugar", o brasileiro pagou por sua valentia. Lesionado, aparentemente no início do combate, lhe restou apenas resistir e buscar um golpe de encontro - que não veio.

A fase ruim que envolve nossos representantes no maior palco de lutas do mundo tem uma chance de acabar nos próximos meses. Alexandre Pantoja disputa o título dos moscas (57 kg) do UFC em julho e, embora não conte com a merecida popularidade que sua posição no ranking faz por merecer, terá a chance de reverter a "zica" brasileira no octógono.