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Jaílton Malhadinho pode chegar ao topo do UFC se seguir os passos de Jon Jones
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A vitória de Jaílton Malhadinho neste sábado inflou ainda mais o hype do atleta entre os fãs brasileiros. Com cinco vitórias em apenas 15 meses no maior palco de lutas do mundo, ele acaba de finalizar Jairzinho Rozenstruik, número 9 do ranking. Portanto, a tão sonhada vaga entre os dez melhores do mundo está praticamente garantida.
E a decisão de subir de categoria em definitivo foi acertada. Próximo de completar 32 anos, Malhadinho é um lutador talentoso e enorme - ele possui a mesma altura e envergadura de Francis Ngannou, ex-campeão dos pesos-pesados do UFC. Nesta categoria, são poucos os atletas que possuem habilidade no chão capaz de oferecer perigo.
Chamo a atenção, no entanto, pelo fato dele ter pesado 16 kg a menos do que o oponente no dia anterior ao confronto. Acredito que, ao subir de divisão, o trabalho de aumento de massa muscular deveria ter sido intensificado - Malhadinho teve quatro meses de hiato entre sua última apresentação e o duelo deste sábado.
Em uma divisão em que vemos alguns atletas cortarem peso para atingir o limite de 120 kg, subir na balança com pouco menos do que 105 kg é dar uma vantagem grande e desnecessária aos oponentes. Principalmente se a luta for para o chão.
Afinal, a cada tentativa de queda, passagem de guarda ou controle de posição, a diferença de peso exigirá mais força isométrica do brasileiro. Não foi à toa que Jon Jones enfatizou tanto em sua mudança de categoria, investindo praticamente três anos no ganho de massa muscular. Por sinal, em sua estreia na divisão, enfrentando o número um do ranking, ele finalizou em poucos minutos.
No final do ano passado, devido à dificuldade de encontrar oponentes, Jaílton Almeida aceitou flutuar entre os meio-pesados (93 kg) e os pesados. Agora, com a mudança confirmada, é a hora de adequar seu corpo aos desafios que ele terá pela frente.
Sem dúvidas, se Malhadinho minimizar a diferença de peso e, ao mesmo tempo, aumentar sua força e potência, o céu é o limite para o talentoso e jovem baiano. Como ele gosta de dizer, "Bahia é murro na cabeça".
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