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UFC perdeu Francis Ngannou ao não deixá-lo repetir feito de Conor McGregor
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Francis Ngannou finalmente anunciou sua decisão. Após meses de negociação, o atleta camaronês finalmente assinou contrato com a PFL e deixou o caminho aberto para a realização de um antigo sonho: se apresentar nos ringues de boxe profissional. Esse impasse, inclusive, foi o atrito principal que causou a saída do lutador do UFC.
No auge de sua carreira, o peso-pesado bateu o pé para repetir o feito de Conor McGregor. Ele queria, a todo custo, ser liberado para poder se apresentar em uma superluta de boxe e manter seu posto no maior palco de MMA do mundo. O irlandês então campeão dos leves, deixou de lado o cinturão e protagonizou uma luta contra Floyd Mayweather em 2017.
Claro, eu sei da diferença brutal de alcance entre Mayweather vs Conor e qualquer outra possível disputa a ser casada. No entanto, o pedido de Ngannou era legítimo e ele tinha direito de lutar por isso, tanto que defendeu seu cinturão sem renovar o contrato, em claro sinal de que aceitava correr riscos. Nada feito, porém, e o desgaste deu início a uma série de conflitos que culminaram com a saída do lutador do UFC.
Corajoso, Ngannou, campeão peso-pesado do maior evento de lutas do mundo, disse não à proposta milionária do UFC e passou a negociar com diversas organizações. Desde uma possível superluta de boxe com Tyson Fury até sondagens públicas do One Championship e do Bare Knuckle FC (boxe sem luvas) roubaram o noticiário do esporte de combate. No entanto, alguns fatores tinham que estar alinhados.
A começar pelo foco principal em sua carreira. Embora sonhe em se testar no boxe, Ngannou é um atleta de MMA e, próximo de completar 37 anos, migrar completamente de esporte não era sua meta. Ele queria poder se apresentar nas duas modalidades, sem deixar de lado o MMA - e a quantia para isso deveria fazer sentido.
Ao deixar o UFC, Ngannou se apresentou ao mercado como um Free Agent de valor elevado, alto demais para a maioria das organizações. Além disso, as metas da organização que o contratasse deveriam coincidir com suas prováveis apresentações nos ringues, assim aceitar um certo valor na participação na venda de pay-per-views e até mesmo ajudar no crescimento dos esportes de combate no continente africano - outro sonho antigo do atleta.
Ao que parece, a PFL conseguiu responder em todos os quesitos. Desde então, o camaronês já ganhou status de maior protagonista do show, tanto que irá liderar o primeiro evento da "PFL SuperFights", e ainda assumiu o posto de CEO do escritório do show na África. Não tinha como ele dizer não.
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