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Opinião

Dar um show contra Sonnen no boxe era missão impossível para Anderson Silva

O confronto entre Anderson Silva e Sonnen, como bem frisou o brasileiro dias antes do combate, era uma luta de exibição. E esse modelo, muito pouco utilizado no Brasil, prevê uma disputa com números de rounds reduzidos e por vezes mais curtos, além do principal: não existe um vencedor. Exatamente isso.

Uma luta de exibição, como o próprio nome diz, é um formato que prevê apenas uma apresentação, e o resultado não conta para o cartel dos atletas. Dito isso, ressalto que o real intuito era promover um show em forma de homenagem para Anderson que, aos 49 anos, deu seu adeus às competições em solo brasileiro.

A maioria dos fãs, pelo que percebi à distância nas redes sociais, não entendeu e não aprovou o formato. Um cenário similar ao que aconteceu após o final do embate entre Acelino Popó e Whindersson Nunes, em 2022. Na ocasião, Popó foi claramente superior, embora não tenha sido declarado vencedor. A diferença clara, porém, é que Popó teve um parceiro de dança melhor naquela noite.

A missão de Anderson, ao se propor a dar um show para os cerca de 800 convidados, era uma missão quase impossível. Afinal, o nível do confronto dependeria das habilidades de Sonnen na nobre arte, assim como do preparo físico do americano, que se mostrou deficitário em ambos. Coube ao Spider, então, conduzir o ritmo durante os cinco assaltos.

E o baixo nível apresentado no ringue se deve por conta desse desnível técnico entre os atletas. Se Anderson acelerasse um pouco mais o ritmo, um nocaute seria questão de instantes, e este cenário, apesar da vontade dos fãs, não fazia parte do combinado. Faltou, talvez, explicar melhor para os fãs que esperavam por um confronto mais franco?

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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