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Opinião

Belal Muhammad é campeão do UFC. Será que ele é capaz de conquistar os fãs?

A vitória inesperada foi impactante. Grande azarão no card do UFC 304, Belal Muhammad apresentou uma performance irretocável neste sábado e conquistou o cinturão dos meio-médios (77 kg) do UFC. Esse triunfo consolida sua excelente fase: já são mais de cinco anos de invencibilidade. No entanto, um novo desafio surgiu para sua carreira.

Ao se tornar o rosto da categoria dos meio-médios, Belal enfrentará as vantagens de seu novo posto, principalmente no aspecto financeiro, mas também terá que lidar com uma carga excessiva de demandas, tanto publicitárias quanto midiáticas. O objetivo é torná-lo uma espécie de "embaixador" de sua divisão, um desafio complexo para o atleta.

Aos 36 anos, Belal, com um cartel profissional de respeito no MMA, composto por 24 vitórias e três derrotas, não goza de grande popularidade entre os fãs. Metódico e estratégico, seu estilo no octógono é fundamentado no domínio físico, o que resulta em lutas longas e, por vezes, pouco empolgantes - 18 de seus triunfos foram decididos pelos jurados.

Apesar das vitórias, Belal não parece interessado em se tornar midiático. Suas entrevistas são protocolares, ele tem pouco engajamento nas redes sociais para alguém na sua posição no ranking, e a proximidade dos 40 anos torna claro o tamanho do desafio para ele se tornar um atleta popular. Já nas primeiras horas após sua conquista, essa preocupação ficou evidente pela reação dos fãs.

Enquanto o palco estava montado em Manchester para que Leon Edwards, jamaicano naturalizado inglês, mantivesse seu cinturão e se aproximasse de completar nove anos de invencibilidade no octógono, Belal Muhammad surpreendeu a todos e frustrou a torcida. Com oito anos de dedicação ao evento e sem ostentar a base de fãs e a popularidade esperada de um campeão, o veterano terá que se esforçar para reverter esse cenário.

Resta saber se ele terá tempo suficiente para alcançar esse objetivo.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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