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Após clubes se recusarem a jogar, CBV decide suspender a Superliga

Jogadoras do Minas comemoram ponto na final da Superliga contra o Praia Clube - Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV
Jogadoras do Minas comemoram ponto na final da Superliga contra o Praia Clube Imagem: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV

14/03/2020 17h41

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou na tarde deste sábado (14), dia de seis partidas, a paralisação da Superliga. Antes, dois dos times mais tradicionais do país, Osasco e Sesi/Bauru, soltaram comunicado avisando que, em comum acordo, haviam decidido não entrar em quadra para a partida de logo mais às 18h45, em Bauru, com transmissão pelo SporTV e pela TV Cultura. Ontem (13) à noite a CBV havia determinado que, até segunda ordem, todas as partidas deveriam ocorrer sem público.

Na nota conjunta, Osasco e Sesi explicaram que decidiram não jogar pelo mesmo motivo que impediria o público de acompanhar a partida no local: "preservar a saúde das atletas, comissão técnica, árbitros e todos os profissionais envolvidos na rodada, de funcionários do ginásio à imprensa". A decisão foi tomada em reunião no hotel ontem o time de Osasco estava hospedado. Seria o primeiro jogo do duelo que tende a ser o mais equilibrado das quartas de final, por envolver o quarto e o quinto colocados.

Pouco depois da nota dos clubes paulistas, a CBV mudou de ideia. "Em comum acordo com o representante de clubes, representante dos atletas, técnicos das seleções brasileiras e autoridades da saúde, o comitê de crise da CBV decidiu, na tarde deste sábado pela paralisação de todos os jogos da Superliga Banco do Brasil e Superliga B por 15 dias como parte do esforço de contenção da disseminação do coronavírus", disse a entidade, em nota.

Pelo relato da CBV, a "comissão de crise" se reuniu na manhã deste sábado com o médio João Olyntho, que trabalha com as seleções brasileiras, e consultou líderes dos clubes, dos atletas e dos técnicos, e todos concordaram com a decisão. "A CBV tem como único e exclusivo objetivo preservar a integridade de todos os envolvidos nas partidas oficiais da entidade", completou a confederação.

A CBV postergou ao máximo que pôde adotar medidas restritivas que afetassem o início dos playoffs na Superliga Feminina. Só na sexta à noite a entidade decidiu que faria jogos com portões fechados, depois que o Curitiba Vôlei anunciou que proibiria público em seu jogo contra o Praia Clube, na terça, por decisão própria. Antes, a Liga de Basquete Feminino (LBF) também seguiu o mesmo caminho: chegou a realizar um jogo sem público e, no dia seguinte, ontem (13), decidiu suspender a competição. A tendência é que o NBB faça o mesmo.