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Olhar Olímpico

COB e CBDA voltam atrás e adiam seletiva olímpica da natação

Logomarca da seletiva olímpica da natação - Nelson Magela/CBDA
Logomarca da seletiva olímpica da natação Imagem: Nelson Magela/CBDA

17/03/2020 17h15

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) voltaram atrás e anunciaram nesta terça-feira (17) o adiamento da seletiva olímpica da natação, que estava marcada para acontecer entre os dias 20 a 25 de abril no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio. A medida é causada pela pandemia do novo coronavírus. Uma nova data foi marcada para o final de junho.

Diferente da maior parte dos países de elite da natação, o Brasil costumava oferecer quatro oportunidades para os atletas conquistarem índices para Olimpíadas e Mundiais. Neste ciclo olímpico o modelo foi alterado, para uma seletiva única na qual só vale o tempo da final. Esse torneio seria na data em que usualmente é disputado o Troféu Maria Lenk (agora Troféu Brasil), em abril.

Apostando na atratividade da seletiva, a CBDA chegou a produzir uma logomarca exclusiva e sair ao mercado atrás de patrocinadores. Mas quem organiza a competição na prática é o COB, porque a CBDA está proibida de receber recursos públicos. Assim, é o comitê quem executa as despesas dos esportes aquáticos.

A maior parte dos países do mundo já havia cancelado suas seletivas de natação, com poucas exceções, como o Japão. Em outras modalidades as seletivas nacionais são raras. No atletismo, por exemplo, os atletas podem obter índice em qualquer evento chancelado. Nos Estados Unidos, onde há seletiva de atletismo, a mesma está suspensa.

A Olimpíada por enquanto está confirmada para a data de sempre, com cerimônia de abertura em 24 de julho. Em comunicado hoje, o Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou federações internacionais a adaptarem os critérios de seleção. Na natação uma hipótese seria utilizar o ranking mundial, com os atletas que nadaram abaixo do índice no ano passado se classificando para Tóquio.