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Olhar Olímpico

Espanha tenta unir comitês olímpicos contra condições desiguais para Tóquio

Homem com máscara de proteção em frente à logomarca dos Jogos Tóquio 2020 - ISSEI KATO
Homem com máscara de proteção em frente à logomarca dos Jogos Tóquio 2020 Imagem: ISSEI KATO

18/03/2020 10h58

O Comitê Olímpico Espanhol tomou a dianteira de um movimento que tende a ser decisivo para que os Jogos Olímpicos de Tóquio sejam adiados. Em videoconferência com dirigentes de outros países, Alejandro Blanco defendeu que atletas espanhóis serão prejudicados se a Olimpíada for mantida para a data planejada, porque eles estão impossibilitados de treinar.

"As notícias que chegam todos os dias são perturbadoras em todos os países do mundo, mas para nós o mais importante é que nossos atletas não podem treinar e, se os Jogos forem realizados, eles entrarão em condições desiguais", reclamou. O toque de recolher na Espanha proíbe que qualquer pessoa - inclusive atletas - saia às ruas sem justificada razão, como ir ao supermercado, à farmácia ou a centros de saúde.

O esporte internacional está completamente parado, com o próprio COI tendo cancelado na segunda (16) a última competição que estava sendo realizada, um Pré-Olímpico Europeu de Boxe, organizado pelo COI, que teve W.O. de diversos atletas. Em muitos países, agora também o Brasil, grande parte dos atletas olímpicos está sem local para treinar.

Na terça, o COI se reuniu com federações internacionais e afirmou que ainda há tempo para decidir se os Jogos precisam ser adiados ou não. Nesta quarta o comitê olímpico internacional vai ouvir os comitês olímpicos nacionais, conhecidos pela sigla NOC.

"Transmitiremos que queremos os Jogos Olímpicos, mas com segurança. Somos um país líder no mundo e, a quatro meses dos Jogos, nossos atletas não podem chegar em condições desiguais. Os Jogos são saudáveis, mas o mais importante é a segurança. Segurança para que nossos atletas tenham as mesmas condições que os demais", avisou Blanco.