Privatização acelera enquanto Ibirapuera vira hospital de campanha
O processo de privatização do Complexo Esportivo do Ibirapuera, que tem no ginásio sua instalação mais conhecida, voltou a andar durante a pandemia do coronavírus, mesmo com o local sendo utilizado como hospital de campanha. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano lançou na semana retrasada uma consulta pública para discutir os parâmetros do Projeto de Intervenção Urbana (PIU), etapa obrigatória para o governo estadual poder lançar o edital de concessão. A consulta vai até o dia 17 de abril, pela internet.
O estudo foi elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), que foi contratada pelo governo do Estado. De acordo com a prefeitura, o objetivo da consulta é ouvir a população sobre três documentos, o Diagnóstico Socioterritorial, o Diagnóstico Ambiental e o Programa de Interesse Público. A partir daí, serão definidos os parâmetros de uso e ocupação do solo para a área, por meio de um Projeto de Intervenção Urbana.
O PIU é necessário porque o Complexo Esportivo fica em uma Zona de Ocupação Especial (ZOE), que deve receber parâmetros urbanísticos específicos a partir de um projeto do tipo, que depois precisa ser votado na Câmara Municipal. Só então é que o governo estadual pode desenhar o edital, estabelecendo as regras para a concessão.
Em nota, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano justificou que etapas de desenvolvimento do IU preveem participação social e colaborativa, com a realização de audiência pública. "No entanto, neste momento, a consulta pública compõe a primeira etapa do processo, que convoca a população a conhecer e opinar sobre o diagnóstico sócio territorial da área", continuou a pasta, quando questionada sobre as razões de o processo ocorrer em meio à quarentena imposta pelos governos municipal e estadual.
O hospital de campanha do Ibirapuera é montado no estádio vizinho ao ginásio, o que naturalmente impede a utilização deste segundo edifício até setembro. O governo estadual vai investir R$ 42 milhões em convênio com a Seconci, organização social de saúde (OSS) que já administra outros hospitais e Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME's) do governo estadual. São R$ 12 milhões para montagem e desmontagem e R$ 10 milhões ao mês para custeio.
A obra deve ficar pronta no dia 1º de maio, com previsão de ter 268 leitos de baixa complexidade em 7,5 mil metros quadrados. O hospital vai contar com postos de enfermagem, salas de descompressão, tomografia, salas de equipamentos, farmácia e outros.
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