Jockey Club tenta realizar corridas e é interditado pela prefeitura do Rio
A prefeitura do Rio interditou o Jockey Club Brasileiro, nesta segunda-feira (4), um dia depois de o clube retomar as provas de turfe na Gávea. Para ontem (3) estavam previstos nove páreos, mesmo número de hoje, envolvendo um total de 278 animais.
Em nota, a prefeitura informou que a ação foi realizada pelos fiscais da Subsecretaria de Licenciamento, Fiscalização e Controle Urbano, por realização de atividade que não é considerada essencial. Foi realizada uma interdição coercitiva, quando a paralisação acontece de forma imediata, com aviso sendo colocado em local visível.
"O evento do Jockey caracteriza a exploração de jogos e possibilitaria a realização de apostas, gerando aglomerações em lojas de apostas da cidade. Tais atividades não são permitidas conforme o Decreto 47.282, publicado pela Prefeitura com as medidas para enfrentamento da pandemia", explicou o governo Marcelo Crivella (PRB)
Quando anunciou a reabertura, o hipódromo informou que realizarias as provas sem público e apenas com apostas virtuais, como acontece em São Paulo. As apostas se poderiam ocorrer por telefone e pela internet. Crivella, porém, se disse contrário e ontem mesmo informou que o procurador-geral do Município entraria na Justiça para que o decreto fosse obedecido.
Os argumentos do Jockey Club Brasileiro são os mesmos defendidos pelo Jockey Club de São Paulo: as provas não geram risco sanitário maior do que o existente no dia a dia do turfe, uma vez que os animais já precisam sair de suas coxias diariamente para se exercitarem, o que exige também a presença de jóqueis, tratadores e veterinários no hipódromo. As corridas, e consequentemente as apostas, seriam uma forma de manter o esporte financeiramente ativo.
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