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Vereador ligado à Gaviões critica 'repressão' a ato democrático

31.mai.2020 - Policial dispara bomba contra manifestantes em ato na avenida Paulista - Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo
31.mai.2020 - Policial dispara bomba contra manifestantes em ato na avenida Paulista Imagem: Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo

01/06/2020 04h00

Ligado à Gaviões da Fiel e aliado político de Bruno Covas e João Doria, ambos do PSDB, o vereador Rodrigo Goulart (PSD) criticou a repressão contra os atos pró-democráticos deste domingo (31) na avenida Paulista, em São Paulo. Imagens transmitidas ao vivo por emissoras como CNN e GloboNews mostram a polícia jogando gás de efeito moral e disparando contra o grupo do qual a Gaviões fazia parte.

"Vi as manifestações da PM através do meu amigo Camilo, que é do meu partido. Espero realmente que, como ele disse, que as imagens mostrem a realidade, porque não podemos ter repressão num ato democrático, e muito menos num ato de paz entre as torcidas organizadas", disse o vereador ao Olhar Olímpico.

Goulart se referia ao secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo (PSD), que afirmou na CNN que pessoas que portavam bandeiras neonazistas foram o estopim do tumulto. "Provavelmente, [o estopim] seja o pessoal ligado ao neonazismo que acabaram começando, levando a esse tumulto", disse ele.

Imagens mostram que as bandeiras neonazistas estavam com os manifestantes pró-Bolsonaro, mas a polícia se virou contra os manifestantes que pediam por democracia. "A polícia tem uma preocupação maior com as torcidas, infelizmente, mas espero que tenha sido porque era um número muito maior", comentou Goulart, vereador que é filho do ex-deputado federal Antonio Goulart, que foi um dos fundadores da Gaviões.

"As organizadas estão com saudades dos estádios, e não das brigas, da violência. Que as imagens mostrem o que foi e se tiverem culpados que sejam rapidamente mostrados para a gente. Sou a favor de qualquer ato democrático, tanto do lado das torcidas quanto dos outros que estavam se manifestando", completou o vereador.