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Olhar Olímpico

Bach confirma candidatura e deve ser reeleito presidente do COI

Thomas Bach durante entrevista coletiva do COI em Lausanne, na Suíça - Denis Balibouse/Reuters
Thomas Bach durante entrevista coletiva do COI em Lausanne, na Suíça Imagem: Denis Balibouse/Reuters

17/07/2020 11h31

O alemão Thomas Bach confirmou nesta sexta-feira (17) que será candidato à reeleição como presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), para ficar mais oito anos no cargo. Apesar das críticas pela hesitação inicial em adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio, ele tem sido agora elogiado pela condução desse trabalho árduo e deve se reeleger sem adversário.

O anúncio de que será candidato foi feito por Bach durante a primeira assembleia geral virtual do COI. "Se vocês, os membros do COI, quiserem, eu estou pronto para concorrer a um segundo mandato como presidente do COI e para continuar a servir a vocês e ao movimento olímpico que todos nós amamos tanto", comunicou.

A fala foi seguida de uma hora de elogios de membros do COI ao alemão, incluindo do seu par, o brasileiro Andrew Parsons, que comanda o Comitê Paraolímpico Internacional e também tem uma cadeira no COI. A expectativa de analistas internacionais é que ninguém deverá concorrer contra Bach.

Os mandatos presidenciais do COI têm duração de oito anos. Bach foi eleito em 2013, em Buenos Aires, para um mandato até 2021, quando uma nova eleição vai acontecer em Atenas. Há sete anos, ele concorreu contra diversos nomes, entre eles o ucraniano Sergey Bubka, que também chegou ao segundo turno.

Durante o mandato de Bach, o COI enfrentou alguns dos maiores desafios da história. Um deles, uma crescente rejeição por parte de populações de cidades que pretendiam se candidatar a receber os Jogos Olímpicos. O alemão, porém, resolveu o problema. Os Jogos de 2024 serão em Paris e os de 2028 já estão marcados para Los Angeles, duas cidades históricas para o movimento olímpico. As Olimpíadas de Inverno também não ficaram sem sedes, marcadas para Pequim (2022) e Milão (2026).

Além de todas as dificuldades causadas pelo novo coronavírus, que adiou os Jogos de Tóquio e forçou o cancelamento dos Jogos da Juventude de 2022, que seriam no Senegal, Bach também precisou lidar com uma punição à Rússia, uma das três potências olímpicas junto com China e EUA. De forma geral, sua liderança nesse caso também tem sido elogiada.

Sedes garantidas

Outra notícia importante dada durante a assembleia desta sexta foi que os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio asseguraram que todas as 42 instalações previstas para o torneio em 2020 estarão disponíveis em 2021, incluindo a Vila dos Atletas.

Esse era um dos pontos mais difíceis de solucionar para a Olimpíada, porque muitas dessas instalações são privadas e prometidas para outros eventos ou funcionalidades em 2021. Os apartamentos da Vila dos Atletas, por exemplo, deveriam ser entregues aos seus compradores. Até o mês passado, a Vila e o MPC, o centro principal de imprensa, eram os gargalos.

Com as instalações garantidas, o COI e o Comitê Organizador podem manter a programação de datas previstas para 2020. Diante das incertezas causadas pelo coronavírus, ainda falta definir muitas coisas, porém. A começar pela presença de público, passando por como se dará o profundo corte nas chamadas "facilidades", que é, a grosso modo, a estrutura que sustenta o entorno da competição.