Marcelinho foi deputado pelo PT e disse que Lula mudou história do Brasil
Atualmente trabalhando como radialista em São Paulo, o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca, ídolo do Corinthians, virou assunto nacional hoje (29) ao aparecer em uma gravação ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Palácio do Planalto.
"Nação corintiana, olha aqui o nosso presidente, Jair Messias Bolsonaro, com a camisa do Coringão. Isso é democracia. Isso é defender a MP do futebol, isso é valorizar o futebol feminino. Isso que é lindo. [Bolsonaro] É palmeirense, mas quer quer todos os clubes tenham a liberdade de fazer seus jogos. Presidente, que honra o senhor poder me receber aqui", diz Marcelinho no vídeo em que os dois aparecem com a camisa do Corinthians.
Marcelinho foi personagem da política nacional a partir de 2010. Em entrevista ao programa de rádio Pânico, em 2014, disse que seu sonho era ser presidente. "Meu sonho de criança, desde quando vendia picolé e salgadinho na praia, é ser presidente do Brasil. Se vou ser ou não, não sei. Mas vou lutar para isso", afirmou na ocasião.
O ex-jogador estreou na política em 2010, quando foi candidato a deputado federal pelo PSB, que na ocasião compunha a chapa de Dilma Rousseff (PT). Recebeu mais de 62 mil votos e ficou como segundo suplente. Em 2011, chegou a anunciar que tomaria posse na Câmara, mas era alarme falso - ele entendeu que Abelardo Camarinha (PSB) iria tirar licença médica, o que não aconteceu.
Quando Camarinha de fato se afastou, Marcelinho abriu mão da vaga para beneficiar a terceira suplente, Elaine Abissamra (PSB), mulher do então prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Jorge Abissamra, Naquele momento o ex-jogador reivindicava na Justiça a vaga do seu colega de partido Gabriel Chalita.
Em 2012, tentou ser vereador em São Paulo pelo mesmo partido, em uma chapa com o PT e o PP, e ficou no 28º lugar da coligação, com pouco menos de 20 mil votos. Marcelinho não desistiu. Em 2013, filiou-se ao PT, em cerimônia no gabinete do então líder do partido na Câmara, Arlindo Chinaglia. "Estou vindo para o maior partido da América Latina, o partido que muitos falavam que o Brasil não tinha jeito, e nós vimos a mudança desde que entrou nosso presidente Lula. Estou feliz de integrar a família PT", disse na ocasião.
Ele voltaria a elogiar o partido em outras ocasiões, como na entrevista ao Pânico em 2014. "Foi necessário um operário virar presidente para mudar a história do país. Com ele, milhões de pessoas foram para classe média. Agora, o filho do pobre pode estudar em uma universidade. Não sou puxa-saco, mas a Dilma também está fazendo uma boa administração. O Fernando Henrique Cardoso não mudou nada. O PT conseguiu dar qualidade de vida para o brasileiro", disse.
Candidato a deputado estadual pelo PT, recebeu 43,6 mil votos, mas não conseguiu se eleger. Ainda no partido, assumiu, por alguns dias, no começo de 2015, um mandato tampão na Câmara dos Deputados, depois que Márcio França (PSB) tornou-se vice-governador. Ficou um mês, de 2 até 31 de janeiro, sem apresentar qualquer proposta de acordo com o site da Câmara.
Depois disso, Marcelinho virou um nômade político. Em 2016, foi candidato a vereador em São Paulo pelo PRB, atual Republicanos, de Celso Russomano. Recebeu 12 mil votos e não ficou nem como suplente. No ano seguinte, foi nomeado secretário de Esportes de Ubatuba, cidade do litoral norte comandada pelo PSD.
Permaneceu no cargo até o prazo limite para poder concorrer mais uma vez em 2018, dessa vez para deputado estadual, pelo Podemos, que apoiou a candidatura de Márcio França (PSB). Recebeu 28,4 mil votos, passou longe de uma cadeira na Alesp, e, meses depois, ao site Torcedores, anunciou que estava se aposentando da política.
Depois disso, passou a trabalhar no rádio - ele é formado em jornalismo. No começo deste ano, trocou a Rádio Capital pela Tropical FM.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.