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Olhar Olímpico

Basquete, vôlei, futsal e handebol pedem para Doria pagar testes para Covid

13/08/2020 04h00

As federações paulistas de handebol, basquete, vôlei e futsal se uniram para pedir que a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo forneça os testes para Covid-19 necessários para a realização dos campeonatos estaduais das quatro modalidades. A secretaria rejeitou o pedido, mas as federações ainda não desistiram da ideia.

As quatro modalidades de esportes coletivos de quadra uniram forças para voltar a competir em São Paulo e apresentaram um protocolo conjunto para o Centro de Contingência do Governo do Estado. Há duas semanas, esse comitê aprovou que as modalidades esportivas sem contato físico direto podem voltar a treinar e competir nas cidades na fase amarela. Isso vale para esportes como hipismo, tênis de mesa, tênis e vôlei.

Na ocasião, há duas semanas, a Secretaria de Esporte também informou que "modalidades com contato direto como artes marciais, handebol, rúgbi e outros precisam contar com protocolo específico aprovado pelo Centro de Contingência, visando aprovações de medidas específicas de testagem, distanciamento social e higienização". É essa aprovação que as quatro federações buscam. No caso do vôlei, para que os jogos possam acontecer também em cidades nas fases vermelha ou laranja.

O protocolo conjunto apresentado ao Centro de Contingência não fala em testagem obrigatória, jogando a responsabilidade pela saúde dos atletas para os médicos das equipes. São eles que terão que assinar uma atestado afirmando que os jogadores do time estão livres da Covid-19. A ideia é que os médicos só assinem esses documentos a partir de testagem.

O problema da testagem em massa é o custo, que é expressivo no orçamento de equipes de esportes ditos amadores. Um teste PCR custa pelo menos R$ 200, o que significa uma despesa de R$ 2,4 mil para uma equipe de basquete com 12 atletas, por exemplo. Isso sem contar comissão técnica.

As federações ainda não desistiram do apoio do governo estadual, oferecendo em troca visibilidade como patrocinador dos campeonatos. Sem o apoio do poder público, elas não têm como bancar os testes. A ideia é que os clubes se ajudem mutuamente. Que os clubes "de camisa", que têm contratos grandes de testagem, conseguindo por isso preços com desconto, incluam seus rivais nessa testagem. Tudo para os campeonatos saírem do papel.

A Federação Paulista de Vôlei já inclusive divulgou datas e times inscritos. São cinco no masculino, que jogarão em turno único para classificar quatro às semifinais, e seis no feminino, divididos em dois triangulares. O torneio masculino, com EMS/Taubaté/Funvic, Vôlei Renata (Campinas), Sesi-SP, Vôlei UM/Itapetininga e Vedacit/Guarulhos, começa dia 12. O feminino, com São Paulo/Barueri, Osasco Audax/São Cristovão, Sesi/Bauru, Pinheiros, São Caetano e Valinhos, começa dia 26.

No basquete, a temporada começa com a Copa São Paulo Masculina, um torneio de segundo nível que terá um quadrangular em Sorocaba a partir do dia 11. A versão feminina terá seis equipes, a partir do dia 18 de setembro, em dois triangulares e um final four em Catanduva. A "Divisão Especial" do Paulista, de elite, deverá ter 12 times e começar até o final de setembro.

Caso o protocolo seja aprovado, também ficaria liberado o retorno do futsal, tanto para a disputa do Campeonato Paulista quanto da Liga Futsal, campeonato nacional, que tem previsão de começar já no próximo dia 21 de agosto, com quatro clubes de São Paulo: Corinthians, Magnus (Sorocaba), Intelli/ Dracena e São José (de São José dos Campos).