Pandemia e contenção de despesas fazem NBB mudar sistema de disputa
A próxima temporada do Novo Basquete Brasil (NBB) terá um sistema de disputa diferente. O torneio, que está previsto para começar em novembro, seguirá tendo dois turnos e playoffs, mas as partidas do primeiro turno serão jogadas com os times divididos em grupos.
A Liga Nacional de Basquete (LNB) definiu o formato como de "etapas sediadas". "Esse modelo colocará um grupo de times se enfrentando entre si numa mesma cidade, o que permitirá um maior controle dos protocolos de saúde e uma diminuição na logística das equipes nessa primeira fase do campeonato", explicou a liga.
Pela segunda temporada seguida, o NBB terá 16 equipes. Saíram Botafogo (RJ), Rio Claro (SP) e São José (SP), todos por problemas financeiros, voltaram Campo Mourão (PR) e Caxias (RS). Além disso, o Cerrado, de Brasília, vai estrear.
Até a última temporada, a tabela previa sempre jogos em pares, mas isso não ficava claro para o torcedor. Por exemplo, durante todo o campeonato, a Unifacisa (PB) e o Basquete Cearense (CE) viajavam juntos. Quando um estava em Franca, o outro estava em Bauru. Quando um pegava o Botafogo, o outro enfrentava o Flamengo. O mesmo valia para as duplas que visitavam o Nordeste e passavam, sempre, por Campina Grande e Fortaleza.
No primeiro turno do próximo NBB, as duplas passam a ser três trios e um quarteto e os duelos acontecerão em sede única. Assim, por exemplo, Cerrado, Brasília e Minas irão até uma única cidade para enfrentarem Pato, Caixas e Campo Mourão. Numa única viagem, farão cada equipe fará ao menos três jogos, reduzindo os custos logísticos. Dependendo de como estiver o controle da pandemia no país, o sistema pode ser replicado no segundo turno.
A LNB vai receber um polêmico suporte do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) para pagar a logística do torneio. O CBC é beneficiado com recursos da Lei Agnelo/Piva e, por lei, precisava investir apenas nas categorias de base. Depois de uma alteração no texto da lei, em 2018, agora o comitê optou por usar parte desse dinheiro para aplicar em competições profissionais, a começar pelo NBB. Por causa disso, haverá menos dinheiro público para as categorias de base.
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