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Olimpíada de Tóquio começa a afastar incertezas e traça planos para 2021

Pedestres caminham em frente a museu olímpico em Tóquio - ISSEI KATO
Pedestres caminham em frente a museu olímpico em Tóquio Imagem: ISSEI KATO

23/09/2020 11h43

Faltando 300 dias para o primeiro evento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, parece estar superada a fase em que a dúvida era se a Olimpíada seria realizada em meio a uma pandemia. Agora, a discussão é como ela vai acontecer de forma segura.

Hoje (23), o novo primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, e o governador de Tóquio, Yuriko Koike, declararam publicamente que o país está determinado a continuar a organizar os Jogos, acalmando as especulações de que a Olimpíada poderia não acontecer.

"O primeiro-ministro e eu esperamos seguir em frente com os planos para sediar os Jogos de 2020. Em relação às medidas contra o vírus, a capital (Tóquio) continuará a trabalhar em estreita colaboração com o governo central no fortalecimento da capacidade hospitalar e no aumento do número de testes", comentou Koike após seu primeiro encontro com Suga, que assumiu o cargo na semana passada.

Também hoje, os organizadores anunciaram que vão exigir testes de coronavírus para atletas estrangeiros na chegada ao Japão, mas não um período de quarentena de duas semanas. De acordo com projeto de regras divulgado mais cedo, atletas japoneses e outros participantes que vivem no Japão enfrentarão requisitos semelhantes ao viajar para campos de treinamento e locais de competição sob as medidas planejadas.

Na manhã desta quarta-feira, Suga conversou com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, por telefone, sobre a realização de uma Olimpíada de sucesso. Suga prometeu cooperar estreitamente na execução de um evento seguro para atletas e torcedores, disse seu gabinete.

No esboço do plano, os organizadores de Tóquio também propuseram limitar as viagens dentro do Japão para atletas, que teriam de registrar todas as rotas de viagens domésticas e seriam transportados em veículos exclusivos para cidades que hospedam delegações nacionais e locais de treinamento.

Detalhes das medidas contra a Covid para os Jogos ainda estão em discussão, incluindo a frequência dos testes, disse aos repórteres Toshiro Muto, CEO do comitê organizador de Tóquio 2020. Muto afirmou esperar que as deliberações com o COI e várias federações esportivas internacionais sejam finalizadas até dezembro.

Ontem (22), em carta aberta ao movimento olímpico, Bach afirmou que o retorno de eventos esportivos em meio à pandemia dá confiança à preparação para a Olimpíada. "A recepção muito positiva desses eventos demonstra claramente que não apenas os atletas e organizações esportivas, mas também o público em geral anseiam pelo retorno do esporte como parte integrante de nossas vidas. Isso deve dar a todos nós confiança em nossos preparativos para eventos futuros, incluindo os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020", escreveu ele.

Bach voltou a deixar claro que a Olimpíada não pode ficar dependente do surgimento de uma vacina, ainda que o comitê esteja otimista. "Temos que observar que mesmo os métodos de teste e vacinas não são a 'bala de prata' que resolverá todos os nossos problemas. Ainda não sabemos o impacto total de qualquer vacina potencial, mas, no geral, há boas razões para um otimismo cauteloso."

Com informações da Reuters

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