Avancini se torna o primeiro brasileiro número 1 do mundo no ciclismo
Henrique Avancini pode não ter tido um resultado extraordinário no Campeonato Mundial de Mountain Bike disputado no sábado (11), mas ele se tornou hoje (13) o primeiro brasileiro a liderar o ranking mundial da modalidade. A atualização da lista levou em consideração também quatro etapas da Copa do Mundo, das quais ele venceu duas.
"Durante anos me perguntei se realmente buscar alguma coisa com tanto afinco valeria a pena. Se insistir em não querer ser 'só mais um' me levaria a algum lugar. Quis chegar ao topo, do meu jeito, acreditando nos meus princípios. Não importa onde, qual ou quando for a corrida, eu vou largar para brigar pela vitória. Essa postura, hoje, recebe sua recompensa máxima: O topo do ranking UCI! Grato à Deus por manter a esperança viva em mim!", postou ele no Instagram.
Décimo no Mundial na prova de XCO, a versão olímpica do mountain bike, Avancini somou 100 pontos com o resultado, enquanto o campeão levou 300. Mas o brasileiro, de forma geral, saiu-se melhor que seu concorrente direto pelo primeiro lugar no ranking, o suíço Nino Schurter, considerado o melhor mountain biker da história. O suíço foi nono no Mundial.
Avancini, que ganhou 250 pontos ao vencer a segunda e última etapa da temporada da Copa do Mundo, chegou aos 1.945 pontos, contra 1 799 de Schurter. O holandês Milan Vader está em terceiro, distante, com 1.281 pontos. O campeão mundial Jordan Sarou, da França, é o quarto, logo em seguida.
Esta é a primeira vez que um brasileiro aparece na liderança de um ranking do ciclismo, em qualquer modalidade — atualmente, cinco são olímpicas: estrada, pista, mountain bike, BMX Racing e BMX Freestyle. Para chegar lá, Avancini, de 31 anos, contou com forte estrutura profissional. Atualmente ele defende a equipe da Cannondale Factory Racing e depende muito pouco do COB ou da confederação.
O Brasil deverá ter dois representantes na prova olímpica de Tóquio no MTB. O país é o atual quarto colocado ranking de nações, atrás de Suíça, Itália e França. Só os dois primeiros desse ranking podem levar três atletas. Do terceiro ao sétimo, cada um tem direito a dois. Essa segunda vaga é disputada por Luiz Henrique Cocuzzi (51º do mundo) e Guilherme Muller (56º).
No feminino o Brasil aparece em um modesto 19º lugar do ranking mundial, correndo risco de sair do Top21 e acabar fora da Olimpíada. Raiza Goulão é a melhor brasileira no ranking, em 48º lugar — ela foi 45ª no Mundial. A veteraníssima Jaqueline Mourão, 45, que não compete desde março, está em 53º.
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