Mayra Aguiar passa por cirurgia no joelho e Olimpíada fica em risco
Judoca brasileira com mais medalhas em Campeonatos Mundiais (sete) e favorita ao terceiro pódio olímpico em Tóquio, Mayra Aguiar sofreu grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo durante a Missão Europa, promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ), e passou por cirurgia há cerca de um mês.
Tanto o COB quanto a CBJ, que fizeram ampla cobertura da Missão Europa, com vídeos e imagens diárias de treinamento publicadas nas redes sociais, não informaram sobre a lesão. O Olhar Olímpico apurou que foi decisão da CBJ e da própria judoca, que é atleta da Sogipa, que a lesão e a cirurgia não fossem tornadas públicas.
E o caso dela não foi isolado. Quatro judocas voltaram de Portugal lesionados e três passaram por cirurgia. Gabriela Chibana, do Pinheiros, também precisou operar o ligamento cruzado anterior do joelho e Alexia Castilho, da Sogipa, passou por procedimento por lesão muscular na coxa. Phelipe Pelim, do Pinheiros, machucou o joelho, veio ao Brasil para operar, mas seu médico pessoal avaliou que não era necessária a intervenção.
"É ruim. Eu não posso dizer que uma lesão não é relevante. Cada caso é um caso. Dois casos de joelho é um histórico relevante, sim", comentou Ney Wilson, responsável pela seleção, ao Olhar Olímpico. Ele lembrou que quando foi campeã mundial pela segunda vez, Mayra também sofreu lesão no joelho e ficou sem lutar.
A expectativa da CBJ e do COB é que Mayra fique longe dos tatames por cerca de seis meses. Se tudo der certo, ela volta a competir entre abril e maio do ano que vem. Mas por se tratar de uma cirurgia delicada no joelho existe o risco de a gaúcha chegar à Olimpíada, em julho, sem ter competido. O prazo é apertado. A situação é a mesma de Chibana, que se machucou quando uma colega de treino caiu sobre a perna dela.
Mayra é atualmente a número cinco do ranking mundial da categoria até 78 quilos e, mesmo com o Mundial de 2021 tendo sido antecipado para antes da Olimpíada, valendo pontos na corrida olímpica, é muito provável que ela consiga vaga em Tóquio, mesmo que não compita daqui até os Jogos. A outra brasileira da categoria é Samanta Soares, número 30 do ranking mundial. Mayra se machucou na reta final dos treinamentos na Europa, no final de setembro, e por isso não participou de um Grand Slam em Budapeste no mês passado.
Alexia ficou um tempo se tratando em Portugal e voltou ao Brasil para passar por cirurgia. No caso dela, o tempo de recuperação é menor e ela deve abrir 2021 em condições de competir. Ela é a número 19 do ranking olímpico da categoria até 63kg e disputa vaga com Ketleyn Quadros, que é décima. Já Chibana aparece no 26º lugar da categoria até 48kg.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.