Calendário da NBA pode tirar astros da Olimpíada e favorecer o Brasil
A NBA anunciou seu calendário para a temporada 2020/2021, informando que os playoffs serão realizados em uma janela que começa em 22 de maio e termina em 22 de julho. Isso deve tirar diversos dos principais jogadores do mundo dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem. O torneio olímpico de basquete começa no dia 25 de julho, dois dias depois da cerimônia de abertura.
As datas da segunda metade da temporada regular da NBA serão detalhadas a partir de março e o título pode ser decidido antes de 22 de julho, a depender dos resultados dos playoffs. Mas as convocações das seleções saem, naturalmente, com antecedência em relação ao início da Olimpíada e os treinadores das seleções ficariam à mercê dos resultados da NBA para terem, ou não, seus jogadores nos treinamentos.
Além disso, caso haja necessidade de se fazer quarentena no Japão, os finalistas da liga norte-americana não teriam tempo de jogar nas primeiras rodadas da Olimpíada.
A temporada da NBA vai começar apenas em 11 de dezembro, dois meses depois do usual, e cada time fará apenas 72 jogos na fase regular, 10 a menos do que o tradicional. A NBA explicou que diminuiu o número de partidas para que o torneio se encerasse antes da Olimpíada. Só agora, porém, veio a informação de que as datas são bastante próximas.
Além disso, haverá coincidência de datas com os Pré-Olímpicos Mundiais, torneios que serão realizados entre 22 de junho e 4 de julho. Seleções que tiverem jogadores nas finais de conferência da NBA não teriam esses atletas liberados. Os que forem eliminados nas semifinais de conferência chegariam em cima da hora para defender suas seleções.
Isso, em tese, é bom para o Brasil, que vai jogar o Pré-Olímpico de Split, na Croácia, conta Alemanha, Rússia, México, Tunísia e Croácia, a partir de 29 de junho. O time brasileiro só tem Cristiano Felício com contrato garantido na próxima temporada da NBA, e pelo Chicago Bulls, que não pinta como favorito a ir longe nos playoffs. Raulzinho e Bruno Caboclo também tentam seguir na liga.
Enquanto isso, a Croácia teve sete jogadores na temporada passada da NBA, incluindo Dario Saric, no Phoenix Suns, Ivica Zubac, no Los Angeles Clippers, Bojan Bogdanovic, no Utah Jazz, e Mario Hezonja, no Portland Trail Blazers — este último não tem contato garantido. Já a Alemanha teve cinco atletas na última temporada na liga. A lista tem Maxi Kleber, no Dallas, Dennis Schröder, no Oklahoma City Thunder, e Daniel Theis, no Boston Celtics.
O mercado de transferências e assinaturas de contratos da NBA vai se abrir nesta semana, e esses países podem ser ainda mais desfalcados, dependendo da busca por reforços das equipes, sendo mais provável que alemães e croatas sejam contratados do que brasileiros. Além disso, os jogadores também podem mudar de time, para franquias com mais ou menos chances de chegar aos playoffs.
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