Confederação de Rúgbi contrata CEO mulher após caso de machismo e homofobia
Duramente criticada após contratar como CEO um profissional com histórico de postagens machistas, homofóbicas e gordofóbicas, que se demitiu depois da repercussão, a Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu) anunciou hoje (15) uma nova profissional para o posto. Pela primeira vez o cargo será ocupado por uma mulher, a administradora de empresas Mariana Miné.
De acordo com a confederação, Mariana assumirá o cargo na quinta (17) "com o objetivo de focar na reestruturação da CBRu para o próximo ciclo e dar continuidade ao crescimento sustentável do rúgbi brasileiro". A entidade informa que a nova CEO é formada em Administração de Empresas pela FGV, tendo passado por empresas como Ambev, Unilever e RBS Comunicações em cargos de gestão. Cita ainda que ela tem "forte experiência em empreendedorismo como fundadora e CEO da Simple Pet".
"É um orgulho poder contribuir para o crescimento do rúgbi no Brasil, um esporte fundamentado em valores tão fortes e que pode contribuir muito para a formação de um Brasil melhor", comentou a nova CEO, em declaração enviada via assessoria de imprensa. Ela vai ocupar o lugar de Jean-Luc Jadoul, que ficou 15 meses no cargo.
Em setembro, a CBRu chegou a anunciar a contratação de Eric Romano, informando que ele havia passado por um processo seletivo. Logo começaram a pipocar prints de mensagens homofóbicas, machistas e gordofóbicas que o CEO da confederação confirmou serem verdadeiras. No mesmo dia ele pediu demissão.
A péssima repercussão daquele episódio fez a CBRu agir. Em setembro mesmo, Marjorie Enya foi escolhida para uma cadeira no Conselho da World Rugby, se tornando a primeira pessoa brasileira no órgão internacional. Agora, o posto de CEO será ocupado por uma mulher. A entidade é presidida por Eduardo Mufarej, do movimento RenovaBR, que visa formar novas lideranças políticas.
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