"Bolha" do handebol tem 10 casos de Covid, e Liga Nacional fica sem campeão
O handebol falhou em tentar emular, em Arujá (SP), o modelo de bolha implementado com sucesso pela NBA em Orlando, nos Estados Unidos. Poucas horas antes da final da Liga Nacional, ontem (19), ao menos oito jogadores e dois árbitros testaram positivo para Covid, o que obrigou os organizadores a suspenderem o torneio, que ficou sem final e sem decisão de terceiro lugar. Ainda não há uma definição se e quando esses jogos vão ocorrer.
O campeonato, principal do país no handebol masculino, havia começado na terça-feira (15), com 12 equipes concentradas em Arujá e jogando em um único ginásio, da Perfect Liberty Kyodan, uma ordem religiosa de origem japonesa. Todos os jogadores e membros de comissão técnica passaram por testes antes de entrarem na bolha e, uma vez nela, não havia mais previsão de que fossem testados.
O sistema, no mesmo local, já havia funcionado bem para o Campeonato Paulista, disputado em novembro. Desta vez, porém, os relatos são de que os protocolos não foram seguidos, sem medição de temperatura e teste de olfato na entrada do ginásio, nem controle de temperatura no refeitório.
Ontem, dia de final e de outros cinco jogos valendo ranqueamento no torneio, um jogador do Pinheiros acordou com sintomas de Covid, a comissão técnica avisou a organização e foi realizado um teste, que deu positivo. O clube achou melhor estender os testes para outros atletas e, no total, sete jogadores do time também tiveram resultados positivos.
Os organizadores - os clubes e a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) — optaram por, então, suspender a final que estava marcada para as 20 horas. Como de costume, um duelo entre Taubaté e Pinheiros, dois únicos clubes que fazem investimento considerável no handebol masculino no país.
Após a confirmação de Covid no elenco do Pinheiros, árbitros e jogadores de outros clubes também foram testados. Um árbitro e o chefe da arbitragem do torneio também tiveram resultado positivo, além de atletas do Londrina, que havia jogado mais cedo contra o Corinthians na disputa pelo sétimo lugar.
O problema ocorre a sete dias da apresentação da seleção brasileira para o Mundial de Handebol que será disputado no Egito no início de janeiro. O técnico da seleção, Marcus Tatá, é também técnico do Taubaté, que tem três jogadores entre os convocados. Todos estavam na bolha e farão novos exames na terça e na quarta-feira.
Os demais convocados atuam na Europa. A seleção vai se preparar em Portugal, onde o Comitê Olímpico do Brasil (COB) conseguiu adiar por mais uma semana o contrato para utilizar o centro de treinamento de Rio Maior, que foi a base da Missão Europa. O COB só aceitou bancar a viagem para a competição depois que o então presidente da confederação, Ricardo Souza, suspenso por assédio sexual, renunciou ao cargo.
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