Protocolo falha e handebol tem cinco casos de Covid na véspera do Mundial
O protocolo que deveria preservar a seleção brasileira masculina de handebol antes do Campeonato Mundial que começa quarta-feira (13) no Egito falhou. A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) divulgou hoje (11) que cinco pessoas da delegação, entre comissão técnica e jogadores, que estão concentrados em Portugal, testaram positivo para Covid-19 e terão que ficar duas semanas em isolamento. Segundo a confederação, eles têm sintomas leves.
Os casos de contaminação são um problema não só para a confederação, mas também para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), que foi quem organizou o estágio de treinamento da seleção em Rio Maior, nos arredores de Portugal, para onde atletas brasileiros têm viajado desde agosto.
A ideia é que o CT de Rio Maior, ligado ao comitê olímpico português, se torne um posto avançado do COB na Europa, por onde os atletas brasileiros passarão quando precisarem entrar na Europa com segurança. Esportistas e membros da comissão técnica são testados quando chegam no CT e só podem sair dos quartos quando sai o resultado negativo. Depois, eles são testados novamente antes de deixarem o CT.
No handebol, cinco pessoas testaram negativo antes de entrarem na "bolha" organizada pelo COB e, depois, positivo. A CBHb não confirmou os nomes, mas o Olhar Olímpico apurou que só um é jogador: o goleiro Ferrugem, que foi cortado. Bombom, do Toulouse, da França, cuja ausência na lista de convocados havia causado estranheza, acabou sendo chamado de última hora. Os demais seriam o fisioterapeuta Daniel Augusto, o supervisor Rafael Akio Umezu, o preparador físico Cláudio Machado e o analista de desempenho Luan Monteiro. Sem eles, a comissão técnica fica com três pessoas.
A CBHb postou no Instagram uma "nota oficial" falando do problema, mas depois a apagou. Ela dizia que os testes foram feitos no último dia 6, mas que "para preservar o grupo, que ficou muito surpreso e abalado com a notícia", a confederação e o COB haviam optado por não divulgar a informação, porque isso "geraria uma pressão muito grande sobre o grupo".
Antes do Mundial, em dezembro, a CBHb organizou a Liga Nacional em Arujá (SP), também em formato de bolha. Mas atletas e membros de comissão técnica continuaram saindo do local. No dia da final entre Taubaté e Pinheiros, um jogador do Pinheiros acordou com sintomas, foi testado, e descobriu-se que ele estava contaminado. Outros vários jogadores e árbitros também testaram positivo nos dias seguintes e a final nunca foi jogada.
A seleção está treinando em Portugal desde o dia 27 de dezembro. No dia 2 de janeiro a confederação anunciou o corte de dois atletas por lesão: Matheus Francisco e Gabriel Ceretta. Guilherme Borges e José Luciano foram chamados para os lugares deles. Borges joga no Taubaté, time de Marcus Tatá, técnico da seleção brasileira. Dos 20 jogadores que vão para o Mundial, quatro são de Taubaté e nenhum do Pinheiros, clube que rivaliza com a equipe de Tatá no cenário nacional. Os demais jogam no exterior.
Por causa dos casos de Covid, a seleção não viajou para o Egito no fim de semana, como era o programado. Vai somente na quarta-feira, dia que começa o Mundial, depois de realizar novos testes hoje, cujos resultados serão conhecidos amanhã.
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