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Olhar Olímpico

Membro do STJD é eleito presidente da confederação de handebol

Felipe Rego Barros - Divulgação/Santa Cruz
Felipe Rego Barros Imagem: Divulgação/Santa Cruz

01/02/2021 18h41

Auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do futebol, Felipe Rego Barros foi eleito hoje novo presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). Pernambucano, "Casão", como é conhecido, teve 33 votos contra 15 de Edgar Hubner, um dos diretores que tinham "supersalário" no Comitê Olímpico do Brasil (COB) durante a gestão Carlos Arthur Nuzman.

A assembleia estava inicialmente prevista para acontecer em Manaus, apesar da crise sanitária na capital do Amazonas, mas aconteceu de forma virtual, com presidentes de federação e representantes de clubes e de atletas participando remotamente. Casão, que também já foi diretor e vice-presidente de futebol do Santa Cruz, e presidente do TJD de Pernambuco, assume o cargo imediatamente.

A eleição, que aconteceu sem grandes polêmicas e sem tentativas de impugnação, deve permitir ao handebol respirar um pouco depois de anos de uma intensa guerra política. Presidente por cerca de 30 anos, Manoel Luiz Oliveira foi afastado pela Justiça em 2018, seu vice, Ricardo Souza, assumiu e rompeu com ele. Manoel depois voltaria, sendo novamente afastado depois, e Ricardinho se tornou novamente presidente apesar de estar suspenso do movimento olímpico por assédio sexual e moral contra uma funcionária da confederação.

Como Ricardinho se recusava em deixar o cargo e a assembleia não o retirava, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) cortou relações (e repasses) com a CBHb, o que fez a seleção brasileira ficar sem se encontrar até o fim do ano passado. A situação só foi resolvida quando Ricardinho renunciou, e o segundo vice, o manauara Jefferson Oliveira, assumiu. A seleção até foi para o Mundial, mas fez péssima campanha, ficando em 18º.

Casão, que é diretor de esportes do Clube Português, tradicional formador de atletas em Recife, já indicou que deve levar ao menos um escritório da confederação para a capital de Pernambuco. Para se eleger, ele contou com apoio da comissão de atletas e dos principais clubes, mas também com cerca de metade das federações.