Algoz de brasileiras, Walsh fica fora de Tóquio no vôlei de praia

Pedra no sapato do vôlei de praia brasileiro, Kerri Walsh não estará em Tóquio. A norte-americana, tricampeã olímpica, não conseguiu se classificar como uma das duas melhores duplas dos Estados Unidos no ranking mundial.

Diferente do Brasil, que promoveu uma corrida interna ainda em 2019, para que as duplas escolhidas tivessem tempo de preparação para Tóquio (quando a Olimpíada ainda não havia sido adiada), os Estados Unidos definiram que os prazos dos critérios universais também valeriam internamente. As duas melhores duplas americanas, desde que dentro da zona de classificação, irão à Olimpíada.

Esse ranking fecha depois da etapa de Ostrava (República Tcheca), que está sendo disputada esta semana. Uma das duplas americanas no feminino já está definida, é Alix Klineman/April Ross, que lideram o ranking. Mas a outra vaga vinha sendo disputada ponto a ponto por Claes/Sponcil e Sweat/Walsh, que estão respectivamente em sexto e sétimo do ranking.

Hoje, porém, Sweat e Walsh foram eliminadas da competição e não têm mais condições matemáticas de ultrapassarem Kelly Claes e Sarah Sponcil, que agora estão garantidas em Tóquio. As duas fizeram sucesso no vôlei de praia universitário, um caminho incomum dentro desse esporte, sendo campeãs da NCAA em outras parcerias em 2016, 2017, 2018 e 2019.

Walsh, de 42 anos, disputou cinco Olimpíadas, sendo quatro na praia, e ganhou quatro medalhas, sendo três de ouro (Atenas, Pequim e Londres) e uma de bronze (no Rio), Ao longo da carreira, ela se acostumou a frustrar sonhos brasileiros. Em Pequim, eliminou Ana Paula/Larissa e Talita/Renata. Em 2016, porém, caiu na semifinal para Ágatha/Bárbara Seixas.

Em Tóquio, o Brasil será representado, no vôlei de praia feminino, por Ágatha/Duda, que aparece em terceiro no ranking mundial, e Ana Patrícia/Rebecca, que está em quarto. Das quatro, só Ágatha tem experiência em Olimpíada, tendo faturado a prata no Rio. As demais são estreantes.