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Mo Farah fica fora de Tóquio e dá adeus ao sonho do tri olímpico
Mo Farah está para sempre no panteão dos grandes nomes do esporte, mas vai carregar também para sempre uma mancha em seu currículo: ele não conseguiu se classificar para uma Olimpíada depois de ser soberano em sua prova. Se Michael Phelps e Usain Bolt se aposentaram no auge, o britânico fez um retorno inesperado e malsucedido às pistas. Hoje (25), falhou na última tentativa de se qualificar para estar em Tóquio.
O bicampeão olímpico dos 10.000m, que está com 38 anos, aposentou-se do atletismo de pista no Campeonato Mundial realizado em Londres, em 2017, como tricampeão consecutivo, para se dedicar exclusivamente às maratonas. No ano seguinte já bateu, com folgas, o recorde nacional, e venceu a fortíssima Maratona de Chicago. Em 2019, foi só quinto na Maratona de Londres.
Sem conseguir se tornar o melhor do mundo nas maratonas, Mo Farah decidiu voltar à pista, onde era soberano. Fez a reestreia batendo o recorde mundial da prova de uma hora, no início de 2020. Mas aí veio a pandemia e ele ficou mais de um ano sem competir.
Na volta, não reencontrou a boa forma. Invicto nos 10.000m desde 2011, quando foi prata no Mundial, ele ficou só em oitavo no Campeonato Europeu, a mais de 20 segundos do índice. Hoje, na sua última chance de fazer a marca necessária, no Campeonato Britânico, em Manchester ele precisou correr sozinho toda a metade final da prova, sem competidores à altura, e não aguentou o ritmo. Ficou a 22 segundos do índice.
Após a prova, indicou que pode se aposentar. "É difícil. Se eu não conseguir competir com os melhores, não irei lá apenas para terminar uma final", afirmou. O período de obtenção de índices no atletismo vai até o dia 29, terça-feira, mas não há como correr duas provas de 10 mil metros em quatro dias.
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