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Olhar Olímpico

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Olimpíada dá convite a atleta que perdeu vaga para mulher trans

Nini Manumua - Reprodução
Nini Manumua Imagem: Reprodução

26/06/2021 12h35

A comissão tripartite que cuida de cada modalidade nos Jogos Olímpicos decidiu oferecer um convite a Nini Manumua, de Tonga, para participar de Tóquio-2020 no levantamento de peso. A postura é uma resposta às críticas recebidas pela competição, por parte de setores conservadores, por permitir a participação de uma mulher transexual no evento.

Manumua, que antes competia pelos Estados Unidos, país onde nasceu, e chegou a ser medalhista em Mundial Juvenil, vinha sendo apontada, por esses conservadores, como prejudicada pela regra que permite que mulheres transexuais compitam nos Jogos Olímpicos.

É que ela disputava uma vaga olímpica com Laurel Hubbard, da Nova Zelândia, que é uma mulher transexual. As duas concorriam pelo posto de melhor atleta da Oceania na categoria pesado do levantamento de peso, e Hubbard acabou ficando na frente por poucos pontos. Manumua terminou o ranking olímpico em 14º, um posto abaixo da zona de classificação geral.

Ontem (25), a comissão tripartite anunciou que Manumua será uma das agraciadas com os convites oferecidos pelos Jogos Olímpicos a países com pouca tradição no esporte. Normalmente essas vagas vão para atletas que ficaram longe da zona de classificação, como foi o caso de Nancy Abouke, de Nauru, 29ª, e Talha Talib, 27º, do Paquistão. No caso de Manumua, ela era a primeira fora da zona de classificação, mas o convite deve servir para rebater as críticas a Hubbard.