Topo

Olhar Olímpico

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

CBV só adverte jogador que foi a balada clandestina a 26 dias da Olimpíada

Evandro Junior em balada clandestina - Reprodução
Evandro Junior em balada clandestina Imagem: Reprodução

27/06/2021 18h12

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) decidiu apenas advertir o jogador de vôlei de praia Evandro Júnior, que foi flagrado em uma balada clandestina na madrugada de hoje (27), no Rio de Janeiro. Ele é parceiro de Bruno Schmidt, que chegou a ficar internado em UTI por complicações causadas pela covid. Evandro inicialmente disse que o vídeo era falso, que ele passou a noite com a mãe e a irmã, mas acabou admitindo que mentiu.

"A CBV lamenta e discorda da participação do atleta de vôlei de praia Evandro Júnior em local com aglomeração de pessoas no Rio de Janeiro. O atleta e seu estafe foram advertidos sobre a gravidade dos fatos. A CBV reitera sua posição de defesa intransigente à saúde e alertou a todos seus atletas sobre a importância de se manterem, permanentemente, seguros e seguirem todos os protocolos de segurança no combate à covid", disse a confederação.

Evandro até hoje sente na pele os efeitos do covid no esporte. Bruno Schmidt, parceiro dele e campeão olímpico no Rio, não conseguiu até agora voltar a jogar no mesmo nível técnico a que estava acostumado a jogar antes da Olimpíada. Por causa disso eles chegaram a desistir de etapas do Circuito Mundial. Bruno inclusive já afirmou, mais de uma vez, que achava que os Jogos deveriam ser adiados.

Os dois passaram os últimos meses treinando cada um em uma estado. Bruno no Espírito Santo, Evandro no Rio, e a ideia é que eles treinassem juntos nessa reta final de preparação. Procurado pela reportagem, Bruno não respondeu.

A vaga olímpica pertence à CBV, que é quem escolhe as duplas que representam o Brasil. A escolha foi feita a partir do resultado dos brasileiros no circuito mundial de 2019, quando a Olimpíada ainda estava planejada para acontecer em 2020. Desta forma, a confederação tem a prerrogativa de suspender Evandro e levar a Tóquio ou outra dupla ou Bruno com outro parceiro.