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Olhar Olímpico

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Evandro é flagrado em balada clandestina a 26 dias das Olimpíadas

Evandro Junior em balada clandestina - Reprodução
Evandro Junior em balada clandestina Imagem: Reprodução

27/06/2021 13h08

Parceiro do atleta olímpico brasileiro que mais sofreu com a covid, Evandro Júnior foi flagrado em uma balada clandestina no Rio de Janeiro, conforme vídeo publicado pela página no Instagram "Brasil Fede Covid", dedicada a denunciar esse tipo de caso. O caso acontece a 26 dias do início da Olimpíada de Tóquio.

O jogador inicialmente negou a veracidade do vídeo, mas depois de saber que existiam provas, voltou atrás e admitiu que errou. Ele pode ser cortado da Olimpíada, se for a decisão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), uma vez que a vaga é do país, não dele.

Evandro forma dupla com Bruno Schmidt, que chegou a ficar internado em UTI com covid e que teve queda significativa de desempenho depois de tratar a doença. Ele publicou um relato em primeira pessoa no UOL Esporte, no especial Minha História, que você pode ler aqui. Bruno Schmidt, campeão olímpico no Rio, inclusive vem afirmando que é contra a realização dos Jogos agora, por causa da pandemia.

Os vídeos da balada clandestina no Rio de Janeiro, com um show da cantora Samara Souto, foram publicados originalmente pelo influenciador digital Pedro Ortega, com quem Evandro estava na balada. Vídeos de outro perfil também mostram o jogador ao fundo.

Procurado pela coluna através do seu assessor de imprensa, Evandro inicialmente negou que o vídeo fosse desta madrugada. Afirmou que a gravação foi feita em março do ano passado, depois da etapa de Doha do circuito mundial, quando a pandemia já estava decretada. Segundo ele, alguém está querendo prejudicá-lo.

Depois, desmascarado, voltou atrás. "Assumo que cometi um erro ao minimizar os riscos de contaminação da covid. Em um momento de alegria por conquistas pessoais, me excedi e frequentei um evento no Rio de Janeiro. Entendo que não poderia ter colocado a minha vida pessoal acima das necessidades coletivas exigidas pelo momento delicado que vivemos por conta da pandemia", afirmou.

"Também errei ao tentar negar o fato inicialmente, assustado pelo repercussão, mas já entendi a gravidade da minha atitude. Peço desculpas e me comprometo a não mais cometer este erro", continuou.

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) foram procurados, mas ainda não responderam. Bruno Schmidt também não respondeu. CBV e COB têm a prerrogativa de substituir Evandro, uma vez que a vaga é do país, mantendo Bruno Schmidt em Tóquio.