Venturini nega que seja contra a vacina após dizer que é contra a vacina

A ex-levantadora da seleção brasileira de vôlei Fernanda Venturini negou que seja contra a vacina contra a covid depois de afirmar, em vídeo publicado no seu próprio Instagram, que é "contra a vacina". Pela mesma rede social, depois da repercussão daquela fala, ela afirmou que foi mal interpretada.

"Você acham que eu to feliz com 500 mil mortes? Vocês acham? Se eu fosse contra eu não teria me vacinado. Eu tenho um programa que fala só de saúde, que é o '14 Minutos de Saúde com Fernanda Venturini', no Youtube. Espero que as pessoas tenham mais respeito. Fui xingada de tudo quanto é nome. Incrível como as pessoas têm direito de entrar no seu Instagram. O que eu faço é promover saúde para todo mundo. Se eu magoei alguém eu peço desculpa, mas não foi isso que eu quis dizer", afirmou.

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No vídeo polêmico, publicado mais cedo pelo Olhar Olímpico, ela diz: "Gente, olha onde eu e Zeca [namorado dela], a gente, está. A gente veio pedalando para tomar a vacina. Eu sou contra a vacina, mas como eu quero viajar o mundo eu vou tomar. Vou tomar Pfizer que eu acho que é menos pior", disse ela em story publicado ontem (26).

Procurada pelo Olhar Olímpico, ela justificou assim a postura: "Até apaguei meu post, porque o pessoal é tão ignorante, tão sem informação, tão idiota.... Eu tenho um canal no Youtube e só lido com saúde. Dá até raiva, já bloqueei vários. Não é que sou contra, sou contra essa vacina que foi desenvolvida em dois anos. Uma vacina para ser boa, já fiz mais de 60 entrevistas no meu canal, tem que ter cinco, sete anos".

A postura de muitos brasileiros de tentarem escolher que vacina tomar tem sido bastante criticada por especialistas, por atrasar o ritmo de vacinação. Ao UOL News, o médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Gonzalo Vecina Neto, disse na sexta que a tentativa de escolher a vacina contra a covid-19 é "ignorância" e que as pessoas sabem apenas uma parte da verdade.

"Acredito que o que as pessoas têm apresentado é ignorância. Elas sabem uma parte da verdade, de que as vacinas têm diferentes eficácias e todo mundo quer tomar a de 95% [da Pfizer], mas não tem a de 95% para todo mundo e não terá nem no ano que vem", afirmou Vecina no UOL News.