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Técnico do basquete nega apoiar homofobia após curtir posts homofóbicos
Técnico da seleção brasileira feminina de basquete, José Neto respaldou comentários de teor homofóbico do jogador de vôlei Maurício Souza, envolvido em polêmica nos últimos dias. No Instagram, o treinador curtiu ao menos três postagens recentes do ex-central do Minas Tênis Clube, a quem passou a seguir recentemente.
Procurada pela coluna, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) diz que procurou o técnico depois de saber das curtidas e que ouviu dele que ele não "compartilha" da homofobia.
"Ao tomar conhecimento do fato envolvendo o técnico José Neto, da Seleção feminina de basquete, que curtiu posts nas redes sociais de um atleta desligado por posição intolerante, a CBB entrou em contato com o treinador, que garantiu não compartilhar de discursos homofóbicos", comentou a entidade.
"A CBB é uma entidade inclusiva e democrática, livre de preconceitos ou discriminação por cores, credos, gêneros ou origens. Somos apartidários, apolíticos e não aceitamos manifestações homofóbicas. Em nossas seleções, nos orgulhamos de todos os atletas que vestem essa camisa pesada, prestes a completar 88 anos de história", continuou a confederação, que tem Guy Peixoto como presidente e Magic Paula como vice.
Neto, que segue os perfis de diversos bolsonaristas, como Alexandre Garcia, Bia Kicis e Mario Frias, curtiu três posts de Maurício depois que ele foi dispensado pelo Minas. O primeiro, em que o jogador diz que vai seguir seu caminho "plantando o que acredita". Depois, um post em que o personagem do Superman aparece beijando a personagem Mulher Maravilha, em uma crítica ao fato de o novo Superman ter se assumido bissexual. Foi essa crítica, tida como homofóbica, que levou à demissão de Maurício.
Por fim, Neto curtiu mensagem em que Maurício diz que "qualquer coisa fala que não seja o que eles aprovam, você é homofóbico e preconceituoso" e reclama que "a tolerância do outro lado é zero".
Maurício tem recebido apoio de atletas e ex-atletas como Nenê, fervoroso bolsonarista, e Rafael Hettsheimer, ambos com passagens importantes pela seleção brasileira de basquete. Tiago Camilo, Thiago Pereira (ambos medalhistas olímpicos e líderes do movimento de atletas no COB) e Bernard Rajzman (membro brasileiro do Comitê Olímpico Internacional) também têm apoiado o jogador de vôlei demitido por homofobia.
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