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De volta de suspensão, Rafaela Silva fatura Campeonato Brasileiro
Exatos dois meses após o fim da suspensão de dois anos por doping que a tirou das Olimpíadas, Rafaela Silva conquistou hoje (23) o título do Campeonato Brasileiro na categoria até 57kg. Na final, precisou de menos de um minuto de luta para derrubar a rival Amanda Culato, de São Paulo, e iniciar uma imobilização que lhe deu a vitória por ippon.
Rafaela Silva ficou um ano e 11 meses sem poder sequer entrar em um clube para treinar, uma vez que a suspensão por doping não impede apenas a participação em competições, mas também qualquer envolvimento com a estrutura esportiva do judô. Quando recebeu autorização para voltar a treinar, um mês antes do fim da suspensão, acertou sua transferência para o Flamengo, deixando seu clube de toda a vida, o Reação.
Desde então ela tem tentado tirar o atraso em ritmo de competição. Há um mês, disputou uma seletiva contra Jéssica Pereira, do Reação, outra atleta que recentemente cumpriu suspensão por doping, para ver quem representaria o Rio de Janeiro no Campeonato Brasileiro. Venceu dois confrontos contra a rival, e ficou com a vaga.
Ainda no mês passado, foi ouro no Mundial Militar, disputado em Paris — apesar de o regimento do programa de Alto Rendimento das Forças Armadas exigir a exclusão de atletas condenados por doping, a Marinha manteve Rafaela em seus quadros. Na final, venceu a brasileira Jéssica Lima. Na sequência, na volta ao Circuito Mundial, caiu na primeira rodada do Grand Slam de Baku, para uma atleta da casa.
Nesta terça, Rafaela faturou o título do Campeonato Brasileiro, competição que não costuma contar com os atletas de nível olímpico e que distribui quatro vagas por categoria na seletiva que define a seleção que terá apoio da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para rodar o circuito mundial em busca de pontos na corrida até Paris-2024.
Contando com a irmã Raquel Silva como treinadora, uma novidade, Rafaela venceu atletas do Amapá, da Bahia e do Mato Grosso do Sul até chegar à final contra Amanda Culato, do Paulistano.
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