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Brasil não vai ao Mundial Feminino de Basquete pela 2ª vez seguida
Pela segunda vez seguida, o Brasil não vai disputar o Mundial Feminino de Basquete. Depois de ficar de fora da edição de 2018, a seleção não conseguiu vaga também para a Copa do Mundo deste ano, que será disputada na Austrália. O time já não tem chance de classificação depois de duas derrotas no Pré-Mundial que está sendo jogado em Belgrado, na Sérvia.
Se em grande parte a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) tem responsabilidade sobre o fracasso, também é relevante o fato de a Federação Internacional de Basquete (Fiba) estar em uma jornada para reduzir o espaço do basquete feminino. Enquanto o Mundial Masculino ganhou eliminatórias no modelo do futebol e passou a ter 32 seleções (antes eram 24), para as mulheres o número de times no Mundial caiu de 16 para 12.
Terceiro colocado na Copa América do ano passado, o Brasil está entre as 16 melhores seleções do mundo, mas a Fiba organizou uma seletiva prévia para deixar quatro delas de fora do Mundial. Belarus abriu mão de jogar o Pré-Mundial, deixando 12 vagas para 15 times. Três seriam eliminados, e o Brasil foi um deles.
Sorteado para jogar contra a Sérvia, a Coreia do Sul e a Austrália em um quadrangular em Belgrado, na Sérvia, o Brasil perdeu logo na primeira rodada para a Austrália, por 65 a 52. As australianas, por serem sede do Mundial, já estão classificadas para a competição e disputam o Pré-Mundial só para ganhar ritmo.
Hoje (12), no jogo de vida ou morte no Pré-Mundial, o Brasil foi derrotado pela Coreia do Sul por 76 a 74. O resultado deixou a seleção comandada pelo técnico José Neto com a obrigação de vencer a Sérvia, atual campeã europeia, no domingo. Mas antes faltava torcer para as australianas vencerem as sérvias, o que não ocorreu.
Agora a Sérvia já tem duas vitórias (sobre Coreia do Sul e Austrália) e a Coreia do Sul uma. Ainda que o Brasil vença amanhã, igualando a campanha das sul-coreanas, ficaria atrás na classificação porque perdeu o confronto direto. Após dois jogos, o Brasil já está eliminado.
O resultado mantém o basquete feminino do Brasil fora da elite mundial até pelo menos 2024, quando acontece a Olimpíada de Paris. E o assustador: a seleção deve atingir a marca de nove anos sem nenhuma vitória contra times de fora das Américas em jogos oficiais.
A última foi sobre o Japão, em setembro de 2014, no Mundial daquele ano, quando a seleção teve campanha de três derrotas e só esta vitória. Na Olimpíada do Rio, que jogou como convidado, o Brasil perdeu seus cinco jogos. Depois, não foi ao Mundial de 2018 (a seletiva foi a Copa América na qual o Brasil ficou em quarto, com duas vitórias e quatro derrotas).
A seleção recuperou fôlego com a contratação do técnico José Neto e o ouro no Pan de 2019, em Lima. Mas a vaga para Tóquio não veio. No Pré-Olímpico de Bourges, na França, foram três derrotas em três jogos - tudo que a seleção precisava fazer era vencer Porto Rico. Agora, o fracasso em Belgrado. Os critérios para chegar até Paris ainda não foram divulgados, mas provavelmente será necessário ir bem na próxima Copa América, em 2023, e depois em um Pré-Olímpico.
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