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Esquiadora leva cachorro para o pódio nas Paralimpíadas
Um cachorro subiu ao pódio dos Jogos Paralímpicos de Inverno, nesta quarta-feira (9), em Pequim, na China. A austríaca Carina Edlinger, que é deficiente visual, faturou a medalha de ouro no esqui cross country e, levou ao topo do pódio junto dela, além do guia Lorenz Lampl, que participou da prova com ela, também seu cão-guia, Riley.
Os cães-guias são comuns na comunidade paralímpica, porque acompanham os atletas cegos e com baixa visão no dia a dia. Em 2016, uma remadora do Canadá chegou a subir ao pódio da Paralimpíada do Rio com seu cachorro. Mas diversos países têm regras rígidas para a entrada de animais. O Japão, por exemplo, barrou cão-guias nas Paralimpíadas de Tóquio.
Nas Paralimpíadas de Inverno, os cãos-guias são ainda mais raros, porque poucos cegos se classificam. Diferente do atletismo, em que os guias correm ligados ao atleta paralímpico por uma cordinha, no esqui o guia vai na frente, com um comunicador, orientando o atleta, que vai atrás. Além disso, cegos e pessoas com graus diferentes de comprometimento de visão competem juntos.
Edlinger, assim, é uma exceção. Com de 1,5% a 2% da visão, somente, ela é uma das atletas em Pequim com maior comprometimento da visão, e depende do cão-guia para atividades do dia a dia. Por isso, segundo ela, levar o cão guia Riley para a China era essencial, o que exigiu que o IPC conseguisse um aval especial da China.
"Se meu cachorro não pudesse entrar na China, eu voaria diretamente para casa. Portanto, não foi a tarefa mais fácil para o Comitê Paralímpico [Internacional]. É meio complicado, mas ele me ajudou não apenas a encontrar meus caminhos, mas também emocionalmente nos últimos dias. Mesmo quando você tem um dia ruim, seu cachorro ainda vem até você e quer receber carinho. Então ele é mais do que ouro. Ninguém pode torcer ou gritar tanto por mim", disse ela, depois do pódio.
A medalha de Edlinger foi a sexta da Áustria na Paralimpíada, a segunda de ouro. A competição está sendo dominada pela China, que pela primeira vez está se mostrando uma potência nos esportes paralímpicos de inverno e já faturou 31 medalhas em casa, sendo 10 de ouro. A Ucrânia tem 19 no total, e seis douradas. O Canadá soma 16 no total, sete de ouro. EUA e Alemanha têm 13, mas só duas de ouro.
O Brasil tinha esperanças de faturar hoje sua primeira medalha da história. Cristian Ribera, que foi medalhista de prata no Mundial deste ano, porém, não conseguiu se classificar à final da prova de velocidade do esqui cross-country para atletas que competem sentados. Ele foi eliminado depois de terminar em quinto em uma das duas baterias semifinais. Os três primeiros de cada série avançavam à final. Cristian acabou em nono no geral. Na prova feminina, Aline Rocha ficou em 10º, também eliminada na semifinal.
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