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Prefeitura do Rio enfim vai transformar arena da Rio-2016 em escolas
Cinco anos e meio depois da última vez em que foi utilizada, a Arena do Futuro, casa das competições de handebol e goalball na Rio-2016, será enfim desmontada. Em cerimônia hoje (22) no Parque Olímpico da Barra, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou o início da desmontagem da carcaça deste ginásio, que será transformado em quatro unidades escolares para 245 alunos cada.
As obras vão custar R$ 36 milhões e devem terminar em meados do ano que vem. Depois, outros cerca de R$ 24 milhões devem ser gastos para transformar o restante da Arena do Futuro e do Estádio Aquático em sucata, que será vendida em leilão pela prefeitura, que vai pagar pela desmontagem e depois mandará a conta para o governo federal.
Transformar a Arena do Futuro em escolas sempre foi o plano e Eduardo Paes, que era prefeito do Rio na ocasião da escolha da cidade como sede da Olimpíada de 2016, e comandava o município quando as obras foram contratadas. Ele deixou o cargo quatro meses após o fim da Paralimpíada, porém, sem ter encaminhado uma solução para os dois ginásios provisórios do Parque Olímpico.
Os convênios assinados por prefeitura e União, ainda em 2013, para a construção da Arena do Futuro e do Estádio Aquático, previam a desmontagem. Só que em aditivos posteriores, essa etapa foi retirada dos projetos. À época, em 2014, justificou-se que não havia empresas interessadas em realizar as desmontagens pelo valor estipulado. Ficou previsto em contrato que, quando fosse feita a desmontagem, a verba sairia do Ministério do Esporte.
Quando o edital para conceder o Parque Olímpico via PPP (Parceria Público Privada) fracassou, por falta de interessados, já no fim do último mandato de Paes, ele resolveu a situação firmando com o Ministério do Esporte um termo de cessão do Parque Olímpico. Neste contrato, o governo federal se comprometeu a repassar os recursos para desmontagem, transporte e montagem da Arena do Futuro e do Estádio Aquático "mediante apresentação de plano de trabalho pelo município". Mas, sob Crivella, a apresentação desse plano nunca aconteceu.
No ano passado, Paes retomou o processo, sem esperar que a União fosse cumprir a parte dela. A prefeitura vai pagar a desmontagem da Arena, a construção de quatro unidades escolares (três escolas totalmente reformadas, em Bangu, Santa Cruz e Campo Grande, e um anexo ao prédio já existente em Rio das Ostras), e depois vai negociar como a União fará o pagamento.
Ainda está aberto um edital para contratar a empresa que vai desmontar o restante da estrutura e também o Estádio Aquático e dar destinação a materiais como elevadores e tubulações. O que sobrar de metal será leiloado como sucata.
Durante a gestão Crivella, chegou-se a discutir a possibilidade de dividir o Estádio Aquático em dois e transformá-lo em dois ginásios, que seriam doados para cidades interessadas. Mas o custo de transporte desse material e, depois, de remontagem, era caríssimo, maior do que construir um ginásio de concreto do zero, e o plano foi abortado.
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